Número de doses da vacina da dengue oferecido à rede privada continua limitado

O número de doses disponibilizadas ao setor privado da Qdenga, vacina contra a dengue, permanece limitado. A informação é da farmacêutica Takeda, que fabrica o produto. O motivo é a prioridade de atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2024, a Takeda entregou 6,6 milhões de doses ao Ministério da Saúde. Para este ano, a empresa assumiu o compromisso de fornecer mais nove milhões. As remessas são realizadas em etapas, conforme o cronograma estabelecido por contrato.

O laboratório afirmou que mantém estoque de segurança para atender à demanda da população não elegível à vacina pelo SUS, além de priorizar a segunda dose aos que já iniciaram a imunização na rede particular. A Takeda não divulgou a quantidade de doses para o setor privado, por afirmar ser informação estratégica confidencial.

A vacina contra a dengue está aprovada em 42 países e disponível em 28, inclusive no Brasil. A capacidade produtiva da companhia precisa atender a todos esses mercados. A empresa tem plano estratégico para aumentar o fornecimento global e atingir a meta de 100 milhões de doses, por ano, até 2030.

O projeto inclui um novo centro global dedicado à produção de vacinas, em Singen (Alemanha), previsto para lançamento em 2025. Ao mesmo tempo, a empresa se esforça para estabelecer novas parcerias e acelerar a capacidade de produção da vacina no Brasil e no mundo.
A Takeda pretende conduzir ainda neste ano estudo para avaliar dados de resposta imune e segurança da vacina contra a dengue para pessoas com mais de 60 anos de idade. Até o momento, a aplicação da vacina em idosos não é recomendada devido à falta de dados sobre a eficácia nesse grupo.
Os idosos, contudo, fazem parte do grupo de risco, de pessoas mais suscetíveis a terem a forma grave da doença. Médicos podem prescrever a Qdenga para pessoas com mais de 60 anos, que devem estar cientes de que é uma indicação fora da bula.

Casos
Segundo a Agência Brasil, o Rio de Janeiro registrou 810 casos prováveis de dengue no começo deste ano. Houve 50 internações e não há mortes confirmadas. Em 2024, houve 302.316 casos prováveis, 9.703 internações e 232 óbitos por dengue em todo o Estado.
“No ano passado vivemos uma grande epidemia de dengue, que já começou no início do ano, portanto, o ano de 2024 foi considerado atípico. Analisando a série histórica, temos 2023, ano sem epidemia e quando registramos 694 casos prováveis nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano. Em 2025, já tivemos aumento de 16,72% de casos em comparação com 2023. Isso nos acende um alerta para a importância da prevenção contra a doença”, disse a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, à Agência.

Na quinta-feira (9), a Secretaria confirmou o primeiro caso de dengue tipo 3 de 2025. A notificação é do município do Rio de Janeiro e a confirmação foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública. Em 2023 e 2024, os sorotipos predominantes de dengue no país e no Estado do Rio foram os sorotipos 1 e 2.
O sorotipo 3 não circula no Estado desde 2007, ou seja, existe grande parcela da população que nunca teve contato com ele. No ano passado, houve dois casos isolados: um em Paraty, na Região da Costa Verde, e outro em Maricá, na Região Metropolitana.

Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos tipos 1, 2 e 4, sendo os principais febre alta (maior que 38°C); dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

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