Os preços da construção civil no Ceará encerraram 2024 com uma variação acumulada de 5,18%, segundo dados divulgados pelo Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o índice registrou uma leve alta de 0,04%, representando um recuo de 0,02 ponto percentual em relação à taxa de novembro (0,06%).
O desempenho anual de 5,18% marca uma aceleração significativa frente ao acumulado de 2023, que foi de apenas 2,47%. No entanto, ao comparar dezembro de 2024 com o mesmo mês do ano anterior, houve uma queda de 0,14 ponto percentual, já que em dezembro de 2023 a variação havia sido de 0,18%.
O custo médio da construção por metro quadrado também apresentou variação, encerrando o ano em R$ 1.663,69. Desse total, R$ 1.023,31 foram atribuídos aos materiais de construção, enquanto R$ 640,38 representaram os custos com mão de obra. Em novembro, o valor registrado foi ligeiramente maior, R$ 1.786,82 por metro quadrado.
Nacional
No cenário nacional, o índice variou 0,21% em dezembro, ficando 0,03 ponto percentual abaixo do índice de outubro (0,24%). O acumulado do ano foi de 3,98%, resultado acima dos 2,55% registrados em 2023. O índice de dezembro de 2023 foi de 0,26%. Já o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.786,82, passou em dezembro para R$ 1.790,66, sendo R$ 1034,95 relativos aos materiais e R$ 755,71 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 0,33%, caindo 0,08 ponto percentual em relação a novembro (0,41%). Considerando o índice de dezembro de 2023 (0,27%), houve alta de 0,06 ponto percentual.
Já a mão de obra, com taxa de 0,06%, registrou alta, subindo 0,05 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,01%). Considerando o índice de dezembro de 2023 (0,24%), houve queda de 0,18 ponto percentual. O resultado acumulado no ano de 2024 foi de 3,32% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão de obra atingiu 4,90%. Em 2023, a parcela dos materiais fechou em 0,06% e a mão de obra, em 6,22%. As regiões Norte e Sul, com alta na maioria dos estados, ficaram com as maiores variações regionais em dezembro (0,28%). As demais regiões apresentaram resultados diversos No Nordeste, por exemplo, foi 0,16% (Nordeste), seguido do Sudeste (0,21%) e Centro-Oeste (0,25%). Com alta tanto nas categorias profissionais, quanto no segmento de materiais, o estado do Piauí registrou a maior taxa para o último mês do ano (1,90%). No acumulado do ano, por sua vez, o estado de Rondônia foi o estado com a maior taxa (8,80%).
Criado em 1969, o SINAPI é uma ferramenta essencial para o setor da construção civil, fornecendo informações sistematizadas sobre custos e índices em todo o país. O indicador é amplamente utilizado na elaboração de orçamentos e no acompanhamento de custos, sendo uma referência estratégica para empresas e gestores públicos que atuam no setor. Apesar do aumento expressivo nos preços em 2024, a estabilidade registrada em dezembro aponta para um cenário de moderação nos custos da construção, tendência que poderá se refletir no início de 2025.
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