Após resultados pífios de federações em 2024, partidos negociam união

Partidos de direita e esquerda debatem desde o ano passado uniões por meio de fusão, incorporação ou federação, apesar dos fracos resultados eleitorais desse último modelo, em vigor desde 2021. As negociações têm o objetivo de ampliar a influência política no Legislativo e no Executivo, além de servir, às legendas menores, como escape ao risco de extinção.

Há, atualmente, três federações aprovadas em 2022 com vigência até pelo menos o primeiro semestre de 2026: PT/PCdoB/PV; PSDB/Cidadania; e Psol/Rede. Existem conversas tanto para alteração da composição dessas federações no ano que vem como para a criação de outras. Paralelamente, partidos discutem fusão e incorporação.

O PSDB, que tem sofrido constante desidratação com os últimos resultados eleitorais, protagoniza várias dessas conversas. A federação com o Cidadania pouco adiantou, tendo sido a que amargou os piores resultados eleitorais entre as três formadas.
Com isso, o partido discute alterar a atual parceria, tendo travado já várias conversas com o Solidariedade, do deputado federal Paulinho da Força (SP), e com o Podemos. Mais recentemente, integrantes do partido têm mantido negociações para ele se fundir ou ser incorporado ao PSD de Gilberto Kassab ou, como antecipou o jornal O Globo, com o MDB, do qual se desgarrou nos anos 1980 para trilhar caminho solo.

“A gente está demonstrando para eles que há um interesse do MDB nessa reunificação com o PSDB. Não é uma coisa isolada. A gente tem o mesmo DNA”, disse o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.
Além das conversas entre MDB e PSDB, o partido de Baleia Rossi também avalia federação com o PSD para fazer frente a uma possível união de partidos do centrão. Essa outra superfederação uniria o PP de Arthur Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI) ao União de Davi Alcolumbre (AP) e ao Republicanos de Hugo Motta (PB). Esses dois últimos são os respectivos favoritos para comandar, respectivamente, Senado e Câmara a partir de fevereiro deste ano.

Caso formada, essa federação teria como objetivo unir forças para ter mais influência no Congresso Nacional e nos estados, além de ampliar o poder de barganha com o Governo Federal. Hoje, os três partidos apadrinham cinco ministros do governo Lula (PT). Se formada, a federação PP/União/Republicanos terá 153 das 513 cadeiras da Câmara e 17 das 81 do Senado.

O post Após resultados pífios de federações em 2024, partidos negociam união apareceu primeiro em O Estado CE.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.