Cidadãos, ativistas e especialistas participaram neste sábado (11) da primeira Oficina de Coparticipação do Projeto RestauraCocó, realizada no Centro de Referência do Parque Estadual do Cocó (PEC), em Fortaleza. O evento, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), busca envolver a sociedade no esforço de reabilitar e restaurar a área afetada por incêndios e degradação ambiental, além de propor ações participativas de gestão e manejo.
De acordo com Anna Abrahão, coordenadora do projeto e docente da UFC, a iniciativa estuda os impactos ambientais causados na região, incluindo o histórico de salinização, os danos ao solo e o impacto no ecossistema local. “Estamos analisando o solo, o relevo e as condições da vegetação para entender como reabilitar o que foi perdido”, explicou.
A oficina também abordou estratégias de revitalização, como a abertura de canais para recuperar o fluxo de água e o plantio de árvores de manguezal. Apesar de o prazo inicial do projeto ser junho de 2025, a coordenadora destacou que a restauração ecológica exige monitoramento contínuo e ajustes adaptativos.
Desafios e investimentos
Desde sua aprovação em abril de 2024, o RestauraCocó enfrentou atrasos no repasse de recursos, recebendo verbas apenas em novembro do mesmo ano. Segundo Vilma Freire, titular da Sema, o governo já investiu mais de meio milhão de reais e está disposto a ampliar o prazo e o orçamento, caso necessário.
A importância de políticas públicas preventivas e de combate a incêndios foi reforçada pelo vereador Gabriel Aguiar (Psol), que destacou o agravamento da situação em função das mudanças climáticas e intervenções humanas na área.
O projeto integra uma iniciativa mais ampla do programa Cientista Chefe, que busca soluções para preservar o Parque do Cocó e outras regiões sensíveis do Ceará.
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