As bolsas da Europa fecharam esta sexta-feira (10) em baixa, influenciadas pela divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll). O dado mostrou criação de empregos acima do esperado, reduzindo as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025.
Uma das poucas exceções à queda generalizada foram as ações de petroleiras, que avançaram impulsionadas pela forte alta nos preços do barril de petróleo.
Desempenho dos índices
- FTSE 100 (Londres): -0,87%, a 8.248,49 pontos;
- DAX (Frankfurt): -0,47%, a 20.221,34 pontos;
- CAC 40 (Paris): -0,79%, a 7.431,04 pontos;
- FTSE MIB (Milão): -0,64%, a 35.090,23 pontos;
- Ibex 35 (Madri): -1,48%, a 11.723,60 pontos; e
- PSI 20 (Lisboa): -1,53%, a 6.299,98 pontos.
O índice Stoxx 600, que mede o desempenho das 600 principais empresas da Europa, caiu 0,83%, a 511,56 pontos.
Impacto do payroll nos mercados
O payroll revelou que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 4,1% em dezembro, enquanto o salário médio por hora subiu 0,28% em relação a novembro. Apesar de abaixo da previsão de 0,30%, o aumento sustentou o avanço das expectativas de inflação. Dados da Universidade de Michigan indicaram que as projeções de inflação de curto e longo prazo subiram para acima de 3% ao ano.
Esses números impactaram diretamente as apostas sobre a política monetária do Fed, com redução das estimativas de cortes na taxa de juros, conforme monitoramento do CME Group.
Títulos públicos britânicos em foco
O mercado de títulos públicos no Reino Unido também teve destaque. Os Gilts, como são chamados, registraram uma disparada com a taxa superando 5% pela primeira vez desde 2008. Esse movimento reflete preocupações com a inflação persistente e as contas públicas britânicas.
Zona do euro e o BCE
Na zona do euro, a inflação dos serviços permaneceu em 4% em dezembro, levando analistas a preverem que o Banco Central Europeu (BCE) não terá pressa para reduzir as taxas de juros. A consultoria Capital Economics, que antes previa um corte de 50 pontos-base, agora projeta reduções graduais de 25 pontos-base no segundo semestre.
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