O resultado do pleito deste ano para a Prefeitura, se chegou a decepcionar a muitos, como é sempre normal, não trouxe grandes surpresas. Já se sabia, deste os primeiros movimentos eleitorais, que o prefeito Sarto, mesmo tendo realizado uma boa gestão, seria o alvo, o “saco de pancadas”, a partir dos seus ex-aliados. No caso do Capitão Wagner, já era previsto que ele, sem muitas alianças, seria tachado de “pé frio” por ter sofrido duas derrotas consecutivas. Por conta disso, aconteceu o esperado, ou seja, Evandro Leitão e André terminaram classificados para o segundo confronto, do segundo turno eleitoral. Não há nenhuma diante da situação de Evandro, cuja candidatura tinha apoios de peso, dos maiores líderes políticos, Camilo Santana, Elmano de Freitas e Cid Gomes, entre outros. André, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu capitalizar todos os votos possíveis que o ex-presidente lhe prometeu. Numa prova clara de megalomania e pretensão, André, já ontem cedo, convidava a todos os candidatos derrotados, para uma conversa à noite. Só não se sabe que tipos de adversários, já que ele, na campanha e debates, nada mais fez do que denegrir a quase todos, aos seus partidos e lideranças. Diante dessa situação já concreta de um enfrentamento entre Evandro e André, o único ponto interessante para a sociedade da capital e do eleitorado, é que, só assim, poderemos ver revelada a força do direitismo fanático com que Bolsonaro contaminou a política, inclusive nos municípios.
Os riscos das pesquisas. Para o jurista Djalma Pinto, uma das maiores autoridades em matéria de política eleitoral, a maneira como se vem analisando a importância, ou, por outro lado, os pontos negativos das pesquisas eleitorais. Para ele, por mais que muitos institutos venham se desdobrando para evitar erros e desencontros em suas atuações, será sempre difícil, num país com tantos partidos e tantas lideranças, evitar terminar prejudicando alguém.
Fim do “fundão”. Ainda a propósito dos preclaros pontos de vista do jurista Djalma Pinto sobre as “mancadas” do sistema eleitoral brasileiro, ele volta a advertir no sentido de o Fundo Eleitoral é uma imoralidade a ser extinta. Além de ser “arrancada” do bolso de todos nós, ela ainda é usada para beneficiar partidos de “donos” mais espertos.
Empenho total. Se algum caso muito sério de fraude, corrupção, abuso de poder e outros crimes não chegarem a ser desmascarados e seus autores enjaulados, não será por culpa da Justiça Eleitoral, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público Eleitoral. Estes, formaram verdadeira “frente”, e nunca tanta gente e dinheiro da corrupção foi apreendido.
Risco em Aquiraz. Não município de Aquiraz, o Promotor de Justiça acusa o prefeito Bruno Gonçalves de confessar, em evento público, ter praticado ato de abuso de poder público para beneficiar candidatos aliados. Esse, segundo o Promotor, é mais um dos casos típicos em que os acusados e indiciados poderão perder o mandato logo após o pleito.
Grande embate. Deputados do PT, como De Assis, insistem em que o futuro da Mesa Diretora da ALECE deverá se tornar uma grande disputa, se alguns cuidados não forem tomados, principalmente se o presidente Evandro for eleito. Para ele, é preciso se fazer de tudo para que não seja quebrada a unidade do bloco governista.
Rombo de Bolsonaro. Na visão do senador Cid Gomes (PSB), está aberta uma grande luta pelo governador do Ceará, Elmano e do próprio ministro Camilo Santana, do Ministério da Educação, para se conseguir dar continuidade e concluir as montanhas de obras destinadas para a Educação, e que foram deixadas interrompidas, a até destruídas pelo governo passado.
Garantia verde-oliva. Para a senadora Augusta de Brito (PT) uma das grandes e alvissareiras notícias em relação ao pleito eleitoral, é que, pela primeira vez o Plano de Operação visando segurança e retidão do pleito foi elaborado pelo Exército Brasileiro, e, posteriormente passado ao TRE, com tem agido de forma integrada no combate à violência eleitoral.
Agindo em cima. Foi destaque, digno de elogios, a maneira como o desembargador Nonato Santos, presidente do TRE, atuou em relação aos casos mais agudos de violência em vários pleitos, a começar por Santa Quitéria. Nesse sentido, ele se utilizou de helicópteros e tomados patrulhas da Polícia Rodoviária Federal.
Mulheres na política. A vice-governadora Jade Romero, do MDB, embora comente positivamente a participação “recorde” das mulheres no pleito deste ano, adverte que as representantes femininas de parlamentos e entidades precisam estar atentas, no sentido de que elas ainda são grande minoria. Um exemplo é que o STF tem apenas uma: ministra Cármen Lúcia.
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