Um Senado Moderador

O Senado Federal jamais poderia ter perdido a condição de Força Moderadora, como ocorreu no Reinado de D. Pedro II, sabendo-se que o imperador D. Pedro I, equivocadamente se arvorava de exercer essa condição. Na atual conjuntura política nacional, mesmo com pontos falhos o Senado tem sido visto como um Poder capaz de evitar os efeitos desastrosos de uma “guerra” entre Poderes Constituídos, como a que tem se desenvolvido em ritmo crescente, entre a Câmara dos Deputados sob a regência do presidente Arthur Lira, e o Supremo Tribunal Federal. A sociedade brasileira rejeita manifestações excessivas de parte a parte que mais parecem briga de ciganos em torno de uma fogueira disputando prendas roubadas do povo que cumpriu o dever cívico de elegê-los. Ameaçar de “impeachment”, o ministro Alexandre Morais pelo rigor que tem aplicado contra bandoleiros financiados e bancados por inimigos da democracia é laborar para desqualificar a Suprema Corte do país, deixando a porta aberta para última instância a que podem recorrer os brasileiros que são injustiçados por não disporem de imunidades da qual se servem os maus políticos que não olham para o país em que nasceram. Diante desse clima nada tranquilizador, a preocupação dos pacifistas do Brasil está na dependência do desempenho do senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, rejeitando de plano as solicitações de impeachment encaminhadas pela Câmara Federal que se constituem em ameaça à paz nacional.

Esperteza em dobro. Na Assembleia Legislativa, manobras de deputados da oposição atrasam a tramitação do projeto Moto Segura, enviado pelo Executivo com pedido de urgência para votação. A maioria governista concorda por entender que esse projeto, entre outros pontos, atende reivindicações de 1,8 milhão de motoqueiros que circulam pelo Ceará. A oposição entende diferente: diz que se trata de esperteza do governo para conquistar os votos da categoria em pleno período eleitoral, ameaçando também “com esperteza,” recorrer à Justiça.

Puxão de orelha. Elmano não está satisfeito com o rendimento da sua equipe. O governador acha que a gestão estadual está exigindo ação coordenada de todas as Secretarias. Foi o ponto fulcral das recomendações dadas de quem não está satisfeito. Quando da última reunião com o secretariado, o chefe do Executivo chamou a turma determinando sintonia às orientações de comando, expondo as prioridades de cada pasta, e deixou clara a necessidade de integração e harmonia entre todas elas.
Traições no PT. Uma das notícias mais desagradáveis e indigestas para os dirigentes do PT chegará com certeza ao Planalto, anunciando que em Icapuí, um dos berços tradicionais do partido onde Lula passava fins de semana com o ex-prefeito Dedé Teixeira, está com a bandeira a meio-pau. Heverton Costa, indicado candidato do partido com aprovação do Diretório Municipal, renunciou à disputa alegando traições.
Raposa contra raposa. Na campanha pela Prefeitura de Juazeiro do Norte, um pronunciamento do prefeito Glêdson agora vindo a público, agradece ao deputado Fernando Santana, hoje seu adversário, pelos “imensos benefícios feitos por Juazeiro” em sua gestão, jogando água fria na campanha de reeleição do prefeito. Glêdson usa de sabedoria e diz que o deputado fez o seu dever como representante do povo no Legislativo, e pede que ele continue agindo da mesma maneira na sua segunda gestão.
Morte antecipada. Para o deputado Leônidas Cristino, do PDT, deverá esbarrar no Senado Federal projeto para anular as condenações de criminosos que vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. A matéria deverá ser, de imediato, jogada na cesta do lixo, por ferir frontalmente a imagem do Senado da República, anistiando com perdão absoluto os bárbaros destruidores do patrimônio público na tentativa golpista de Bolsonaro.
Tremendo de medo. É aguardado, no mundo político, o começo da ação do TRE e do MPE em relação ao listão de candidatos que o TCE entregou à Justiça Eleitoral, e que têm casos de ilegalidades administrativas que poderão levá-los à inelegibilidade. Trata-se do caminho mais seguro para a Justiça Eleitoral evitar a eleição dos fichas sujas.
Brigas de foice. Os debates políticos em termos nacionais, assim como do Ceará, carecem de qualidade por culpa de candidatos, assessores e dirigentes partidários. Em todos os eventos, os candidatos preferem denegrir adversários em vez de exibir boas propostas. Os defeitos de todos eles o mundo inteiro já conhecia. Cabe aos seus eleitores mudar para melhorar o baixo nível não só nas campanhas, também no exercício de mandatos.
Atraso prejudicial. Valem as críticas ao enorme atraso do Governo Federal em anunciar a formação da Mesa Nacional de Negociações sobre Greves. Em consequência, as greves continuam sem solução. Como maior exemplo, a dos servidores do INSS, que prejudica milhares de brasileiros.

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