Guerra comercial causa pânico e faz bolsas asiáticas despencarem

As principais bolsas asiáticas registraram fortes quedas nesta segunda-feira (7), refletindo o pânico gerado pela escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China. O índice Xangai Composto caiu 7,34% na China — a maior queda desde o início da pandemia de Covid-19, em fevereiro de 2020.

O chamado “tarifaço”, anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump, provocou também a maior queda diária da Bolsa de Hong Kong desde a crise financeira asiática de 1997.

  • 🔥 Seu dinheiro pode render muito mais! Receba um plano de investimentos gratuito, criado sob medida para você. [Acesse agora!]

Retaliação da China eleva tensão global

A reação do governo chinês às tarifas na última semana, impondo taxações equivalentes de 34% sobre produtos dos Estados Unidos, elevou os temores por uma recessão global. O impacto na sexta-feira (4) só não foi maior com o anúncio, porque os mercados chineses estavam fechados devido ao feriado no país.

Além de revidar com tarifas recíprocas, as autoridades chinesas estudam antecipar estímulos econômicos para tentar estabilizar os mercados acionários. Um fundo estatal também anunciou o aumento de investimentos em ETFs — fundos de índice negociados em bolsa.

Circuit breaker em Tóquio e queda generalizada

Em Tóquio, a negociação de futuros de ações foi suspensa temporariamente após queda acentuada, acionando o mecanismo de circuit breaker, que paralisa as operações por 10 minutos quando a oscilação ultrapassa 8%.

O índice Hang Seng caiu 13,22% em Hong Kong, o Taiex recuou 9,70% em Taiwan. O índice chinês, Shenzhen Composto, caiu 10,79%.

  • 💰 Seu dinheiro escapa e você nem percebe? Baixe grátis a planilha que coloca as finanças no seu controle!

No Japão, após o circuit breaker, o Nikkei fechou em queda de 7,83%, e o Kospi, da Coreia do Sul, teve queda de 5,57%. Na Oceania, a bolsa da Austrália também sentiu os efeitos, com o S&P/ASX 200 recuando 4,23%, no pior desempenho desde março de 2020.

Investidores buscam liquidez

Segundo Sat Duhra, gestor da Janus Henderson, há sinais de venda em pânico nas bolsas asiáticas e chamadas de margem — quando investidores são obrigados a vender ativos para cobrir perdas —, o que amplia a volatilidade.

O governo chinês informou que seguirá apoiando empresas estrangeiras, mesmo as norte-americanas. No domingo (6), o Ministério do Comércio da China reuniu executivos de multinacionais como Tesla, GE Healthcare e Medtronic.

O post Guerra comercial causa pânico e faz bolsas asiáticas despencarem apareceu primeiro em Monitor do Mercado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.