O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, anunciou nessa quinta-feira (27) que o Exército do país permanecerá indefinidamente no corredor Filadélfia, uma área estratégica na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, contrariando o acordo de cessar-fogo com o Hamas, em vigor desde janeiro deste ano. “Recebemos luz verde dos Estados Unidos. Fornecemos um mapa a eles, e estamos ficando indefinidamente”, disse Katz em reunião com líderes regionais, segundo comunicado do gabinete.
O tratado, aceito pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, previa que a retirada das forças israelenses da região começasse no 42º dia da fase um do acordo, ou seja, neste sábado (1º), e fosse concluída até o 50º dia, em 9 de março de 2025.
Em discurso, de acordo com o jornal israelense The Times of Israel, Katz afirmou que “mesmo durante o cessar-fogo, recebemos informações de inteligência de que o Hamas está planejando ataques contra soldados e comunidades. Isso é o Hamas.”
Ele disse que os assentamentos na Cisjordânia são uma barreira de proteção para Israel e que documentos apreendidos mostram planos do grupo terrorista para atacar essas áreas antes do 7 de Outubro, classificando a ameaça como séria. Uma investigação conduzida pelo exército israelense determinou que o Hamas conseguiu realizar o ataque mais mortal na história de Israel em 7 de outubro de 2023 porque o Exército do país subestimou as intenções do grupo terrorista e suas capacidades militares. As conclusões foram divulgadas ontem.
A decisão de Israel de permanecer no corredor de Filadélfia pode elevar as tensões na segunda fase do cessar-fogo, que prevê novas trocas de reféns e corpos de sequestrados israelenses mortos por prisioneiros palestinos. O Hamas devolveu, na manhã desta quinta, quatro corpos de israelenses, 3 mortos em cativeiro e 1 durante o ataque do Hamas, de acordo com Israel.
O Fórum de Famílias de Reféns confirmou suas identidades. Em seguida, Israel libertou mais de 600 prisioneiros palestinos.
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