Advogado de Bolsonaro reafirma que pedirá anulação da delação de Cid

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que a defesa deve pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro. Ele esteve com o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa segunda-feira (24).
As informações de Cid são uma das bases da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e mais 33 pessoas. Assessores da Presidência do STF relatam que o advogado quer que as análises da denúncia e eventual julgamento sejam feitas pelo plenário completo, e não pela 1ª Turma.

O colegiado maior é formado pelos 11 magistrados, enquanto as turmas têm cinco ministros cada. A expectativa até o momento é a de que o caso fique na turma integrada pelo relator Alexandre de Moraes e pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.
Nesta quarta-feira (26), Vilardi tem uma audiência marcada no gabinete de Moraes, quando também deve levar demandas da defesa do ex-presidente. A chance de as acusações contra Bolsonaro serem levadas ao plenário dependem principalmente de Moraes ou de uma votação favorável de três dos cinco ministros da 1ª Turma.

As duas hipóteses são consideradas baixas, internamente. Isso fará com que os ministros indicados por Bolsonaro não participem da análise. Kassio Nunes Marques e André Mendonça são da 2ª Turma.

Impedimento
Celso Vilardi disse a Barroso que pedirá o impedimento de Flávio Dino e Cristiano Zanin para atuar nos casos. Os dois foram indicados pelo presidente Lula (PT) ao STF. Na saída, o advogado afirmou que os áudios extraídos de celulares de alguns dos acusados de participar da trama golpista para manter Bolsonaro no poder após a derrota para Lula nas eleições de 2022 não complicam a defesa. O material detalha a atuação de militares no episódio.

“Não complicam. Inclusive, ainda não tive acesso a todas as mídias, pretendo despachar ainda esse assunto, precisa ser analisado dentro de um contexto e não frases separadas.” A audiência durou cerca de 20 minutos e foi acompanhada de assessores da Presidência do STF. O Supremo informou que o advogado “apresentou as razões de petições que ingressará, e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, informou que analisará os pedidos”.

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