O setor de serviços no Brasil registrou uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, na comparação com novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12). O resultado ficou abaixo da projeção do mercado, que esperava uma alta de 0,10%.
Na comparação anual, o setor avançou 2,4% em relação a dezembro de 2023, também abaixo da expectativa de 3,2%. Mesmo com o recuo mensal, o setor encerrou 2024 com crescimento de 3,1%, consolidando seu quarto ano consecutivo de expansão.
Principais influências do recuo em dezembro
A queda de 0,5% no volume de serviços em dezembro foi influenciada principalmente por três das cinco atividades analisadas pelo IBGE. O segmento de outros serviços teve a maior retração, com queda de 4,2%, sendo o pior desempenho desde janeiro de 2023.
Os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 0,7%, enquanto o setor de informação e comunicação também apresentou uma redução de 0,7%.
Por outro lado, dois segmentos registraram crescimento no mês. Os serviços prestados às famílias avançaram 0,8%, acumulando uma alta de 7,8% entre maio e dezembro. Já o setor de transportes teve uma leve variação positiva de 0,1%, após uma queda de 3,5% em novembro.
Variação trimestral e desempenho no ano
A média móvel trimestral do setor recuou 0,2% no trimestre encerrado em dezembro, refletindo um desempenho negativo generalizado.
No acumulado do ano, o setor cresceu 3,1%, com destaque para:
- Informação e comunicação: +6,2%;
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: +6,2%;
- Serviços prestados às famílias: +4,4%;
- Outros serviços: +1,1%.
O setor de serviços se mantém 15,6% acima do nível pré-pandemia em fevereiro de 2020, mas ainda 1,9% abaixo do pico da série histórica, atingido em outubro de 2024.
Desempenho regional
Em dezembro, 17 das 27 unidades da federação registraram retração no setor de serviços, com as maiores quedas observadas em Mato Grosso (-11,8%), Santa Catarina (-5,2%), Bahia (-2,6%), Rio Grande do Sul (-1,5%) e São Paulo (-0,7%).
Por outro lado, Rio de Janeiro (+1,2%) teve o maior impacto positivo, seguido por Pernambuco (+2,5%), Pará (+3,3%) e Minas Gerais (+0,6%).
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