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Presidente ucraniano afirmou em entrevista que, caso Donald Trump consiga fazer com que os dois países negociem a paz, ele planeja oferecer a região russa de Kursk em troca de locais invadidos por Moscou. Volodymyr Zelensky mostra mapa com recursos minerais da Ucrânia a jornalista da Reuters
REUTERS/Valentyn Ogirenko
O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (12) que a Rússia nunca trocará os territórios ucranianos que ocupa por áreas na região ocidental de Kursk, na Rússia, controladas por tropas ucranianas.
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“Isso é impossível. A Rússia nunca discutiu e não discutirá o tema da troca de seu território. E, claro, as formações ucranianas serão expulsas desse território. Todos que não forem destruídos serão expulsos”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A fala de Peskov é uma resposta ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que disse ao jornal britânico “The Guardian” planejar oferecer à Rússia uma troca direta de territórios para ajudar a encerrar a guerra, incluindo a oferta de bolsões de Kursk sob controle ucraniano. (Leia mais abaixo)
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as forças russas expulsariam as tropas ucranianas de Kursk, onde Kyiv realizou uma incursão-relâmpago em agosto passado e tomou partes do território.
Atualmente, a Rússia controla pouco menos de 20% da Ucrânia, ou mais de 112 mil quilômetros quadrados, enquanto a Ucrânia mantém cerca de 450 quilômetros quadrados da região ocidental de Kursk, na Rússia, segundo mapas de fontes abertas do campo de batalha.
Zelensky propõe troca de territórios entre Ucrânia e Rússia
Ucrânia se diz pronta para negociar fim da guerra com Rússia, EUA e Europa
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs uma troca de territórios entre seu país e a Rússia como parte de um acordo de paz entre os dois países, que estão abertamente em guerra desde fevereiro de 2022.
Em uma entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, Zelensky afirmou que, caso o presidente dos EUA, Donald Trump, consiga fazer com que os dois países negociem a paz, ele planeja oferecer a região russa de Kursk ocupada pela Ucrânia em troca de territórios ucranianos atualmente sob controle das tropas de Moscou.
“Vamos trocar um território por outro”, ele disse, sem mencionar quais regiões serão reivindicadas de volta por Kiev. “Não sei, veremos. Mas todos os nossos territórios são importantes, não há prioridade.”
A região de Kursk é menor do que as áreas ucranianas controladas por Moscou, que incluem boa parte do leste do país, incluindo a península da Crimeia, a região de Zaporizhzhia, a cidade portuária de Mariupol e os núcleos separatistas de Luhansk e Donetsk. Isso indica que um acordo de troca de territórios não seria suficiente para acabar, sozinho, com as hostilidades.
Tropas ucranianas invadiram a região de Kursk, no extremo oeste da Rússia, em agosto de 2024. Foi a primeira vez na guerra em que Kiev reconheceu formalmente um ataque ao território do país inimigo.
A operação foi descrita como uma das mais ousadas do conflito. Cerca de 1.000 soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto. Com tanques e veículos blindados, cobertos no ar por drones e artilharia, atravessaram campos e florestas da fronteira em direção ao norte da cidade fronteiriça de Sudzha, o último ponto operacional do transbordo do gás natural russo para a Europa via Ucrânia.
A incursão fez com que Putin readaptasse planos de guerra de forma emergencial.