Polos de hidratação são na Zona Norte, Sul e Central do município. Região do centro-oeste paulista registra mais uma morte em 2025, em Campos Novos Paulista (SP). Com alta nos casos de dengue, três polos de hidratação passam a funcionar em UBS de Marília (SP)
TV TEM/reprodução
Frente ao aumento de casos de dengue em Marília (SP), a prefeitura implantou, a partir desta segunda-feira (10), três polos de hidratação em pontos de atendimento que já estão em funcionamento. A cidade já soma 1.133 casos de dengue em 2025 e uma morte.
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Segundo a secretária municipal da Saúde, Paloma Libanio, eles serão para atender exclusivamente pacientes que tenham algum sintoma de dengue, como febre alta (que pode durar de dois a sete dias), dores musculares, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, mal-estar e falta de apetite.
Os novos polos de hidratação são na Zona Norte, Sul e Central do município. O Polo da Zona Norte será na UBS Santa Antonieta, que fica na Rua Bertha de Camargo Vieira, 595, e funcionará diariamente das 7 horas às 22 horas. Já o Polo da Zona Sul será na UBS Nova Marília, localizada na Avenida Mem de Sá, 360-A, também funcionando das 7h às 22 horas. E o Polo de Atendimento Central, que atenderá 24 horas, ficará na sede da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), na Avenida das Esmeraldas, 1.001.
Campos Novos Paulista (SP) registrou a primeira morte pela doença em 2025. Com isso, são quatro vítimas fatais da doença no centro-oeste paulista neste ano.
Armadilhas contra o mosquito
‘Armadilha’ será usada no combate ao mosquito da dengue em Marília
Rogério Pedrozo/TV TEM
Marília também recebeu, na sexta-feira (7), as primeiras 3 mil EDLs (Estações Disseminadoras de Larvicidas), que são a nova estratégia nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, utilizando a fêmea do mosquito como aliada na dispersão de larvicida.
Essas estações são instrumentos que facilitam a disseminação de larvicida pelos próprios mosquitos, entre locais tratados com o larvicida e criadouros não tratados.
A “armadilha” contra o mosquito funciona da seguinte forma: o mosquito fêmea de Aedes aegypti procura um local para colocar seus ovos; ele pousa na EDL e se impregna de larvicida no contato com suas patas e parte do corpo; o mosquito procura outros criadouros para colocar mais ovos; e ele pousa em outros criadouros e contamina com o larvicida que está em seu corpo outros criadouros, matando as formas imaturas do inseto.
Como as fêmeas de Aedes preferem visitar muitos criadouros para colocar uns poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida nesses locais, que viram armadilhas letais para os mosquitos imaturos.
Risco de epidemia
Em entrevista ao Tem Notícias, o chefe do Departamento de Infectologia da Unesp Alexandre Naime Barbosa ressalta que a maior preocupação agora é com a circulação do sorotipo 3 (DENV-3) da doença.
“O sorotipo 3 é mais preocupante pois, como ele não circulava há décadas no país, a grande maioria da população é completamente suscetível a ele, já que não possuem anticorpos suficientes para o combate”
O infectologista também ressalta que, assim como no caso de infecção pela terceira ou quarta vez por qualquer outro sorotipo, a doença tende a se agravar.
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“Os números de fevereiro já apontam que iremos bater números históricos, seja pelo número de casos ou número de óbitos”, diz Alexandre Naime Barbosa.
Confira abaixo o número atualizado de casos na região:
Marília: 1133 casos e 1 morte
Bauru: 428 casos
Ibitinga 414 casos
Cândido Mota: 341 casos
Lins: 85 Casos e 2 mortes
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