A Gerdau (GGBR4) concluiu a aquisição de 100% da Gerdau Summit Aços Fundidos e Forjados S.A. A transação envolve a compra de 39,5% das ações que pertenciam à Sumitomo Corporation e 1,74% da The Japan Steel Works Ltd., totalizando um valor de aproximadamente US$ 32,6 milhões, pagos à vista com recursos próprios.
Com a operação anunciada nesta segunda-feira (10), a Gerdau assume o controle total da Gerdau Summit, localizada em Pindamonhangaba (SP), que possui capacidade instalada de 40 mil toneladas de aços fundidos e forjados. A unidade atende setores estratégicos como aço, alumínio, sucroalcooleiro e de energia.
Impacto da aquisição da Gerdau no mercado
O mercado reagiu positivamente à conclusão da aquisição da Gerdau Summit. No pregão desta segunda, as ações da GGBR4 apareciam entre as maiores altas do Ibovespa, às 16h (horário de Brasília), com valorização de 5,75%, cotadas a R$ 17,66.
Segundo a companhia, a transação faz parte da estratégia da Gerdau de aumentar sinergias e oferecer produtos e serviços de maior valor agregado, fortalecendo sua atuação em segmentos-chave da indústria.
Tarifas dos EUA e impacto na Gerdau
A possível imposição de tarifas sobre importações de aço e alumínio pelos EUA pode impactar diferentes siderúrgicas. Segundo análise divulgada pelo Valor Econômico nesta segunda-feira, multinacionais com operações no Brasil, como Ternium e ArcelorMittal, seriam as mais afetadas, enquanto a Gerdau, por ter presença consolidada no mercado norte-americano, poderia se beneficiar da menor concorrência e da alta nos preços do aço.
Estimativas indicam, ainda, que a cada aumento de 5% no preço médio de venda da Gerdau nos EUA, o resultado operacional (Ebitda) da companhia cresce cerca de 12%, o que representa um incremento de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.
BTG reforça recomendação de compra
Paralelamente à conclusão do negócio, o BTG Pactual reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Gerdau, estabelecendo um preço-alvo de R$ 24.
O banco avalia que a siderúrgica pode se beneficiar de possíveis tarifas protecionistas impostas pelos Estados Unidos no setor de metais, considerando um cenário de alta dos preços devido a uma potencial escassez de abastecimento regional ou a interrupções na cadeia de abastecimento.
Entretanto, o banco alerta que a relação de oferta e demanda devem se reequilibrar posteriormente, estabilizando os preços novamente. Outro fator relevante a ser observado é a incerteza sobre a duração dessas tarifas, que pode pressionar o setor no curto prazo.
Além disso, o economista André Perfeito aponta o Canadá como uma alternativa para a expansão das exportações da Gerdau, caso as tarifas nos EUA afetem negativamente o mercado brasileiro.
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