O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,11% em janeiro, abaixo da taxa de 0,87% observada em dezembro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 7,27% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), nesta sexta-feira (7).
Nesta leitura, a redução da inflação se deu, entre outros fatores, pela queda nos preços de commodities essenciais. Em janeiro de 2023, o índice havia apresentado queda de 0,27% e acumulava retração de 3,61% no período de um ano.
Impacto das commodities e setores
Segundo André Braz, economista do FGV IBRE, a queda nos preços de commodities como soja, minério de ferro e milho ajudou a reduzir a inflação ao produtor, enquanto no varejo, a inflação ficou estável, refletindo o recuo nos preços da energia e os aumentos nos setores de alimentação e transportes.
Já o custo da construção civil subiu devido a reajustes captados para a mão de obra no setor.
Desempenho dos índices setoriais
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços no atacado, teve leve alta de 0,03% em janeiro, bem abaixo da alta de 1,08% registrada em dezembro. Entre os segmentos analisados:
- Bens finais: alta de 0,04% (ante 0,79% em dezembro)
- Bens intermediários: alta de 1,22% (ante 0,92% em dezembro)
- Matérias-primas brutas: queda de 0,74% (após alta de 1,52% em dezembro)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que reflete a inflação no varejo, variou apenas 0,02% em janeiro, contra 0,31% no mês anterior. Entre os grupos que apresentaram queda destacam-se:
- Habitação: de -0,46% para -2,43%
- Despesas Diversas: de 0,53% para 0,26%
- Vestuário: de 0,33% para 0,22%
Setores em alta do IGP-DI
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,83% em janeiro, acima dos 0,50% registrados no mês anterior. O avanço foi impulsionado pelo aumento nos custos com mão de obra, que aceleraram de 0,49% em dezembro para 1,27% em janeiro.
Além da construção, outros grupos em alta contribuíram para o aumento da inflação no IGP-DI:
- Transportes: de 0,33% para 0,83%
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,34% para 0,66%
- Alimentação: de 1,14% para 1,22%
*Com informações da agência de notícias CMA.
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