O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão de contas em redes sociais da Revista Timeline, do jornalista Luís Ernesto Lacombe e dos blogueiros Allan dos Santos e Max Cardoso. O X (ex-Twitter), Instagram e YouTube foram notificados.
A decisão foi dada no âmbito do processo contra Allan dos Santos, que corre sob sigilo, na segunda-feira (27). O STF não informou as razões que levaram à suspensão. “A conta da Revista Timeline na rede social X foi bloqueada no Brasil. A ordem partiu do Supremo Tribunal Federal. Por quê? Não informaram. Que bela democracia nós temos”, disse Lacombe em publicação nas redes.
Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, e Lacombe participaram no dia 20 deste mês do baile da posse do presidente americano, Donald Trump, feito na sede do jornal The Washington Times. No site da Timeline, os jornalistas chamaram a medida de censura. Eles escreveram que a revista foi criada há três meses e foram informados da decisão por meio de avisos das plataformas, que apontaram que o bloqueio teria sido feito com base em trechos do Marco Civil da Internet.
“É revoltante? É. Vamos parar? Nunca”, cita o texto da Timeline, que pede ass seguidores que usem VPN para acompanhar o trabalho. VPN é uma rede virtual privada por meio da qual é possível acessar a rede como se o usuário estivesse em outro lugar no mundo. É muito usada na China, por exemplo, para acessar redes e sites noticiosos censurados pelo país.
Procurada pela reportagem , a defesa de Lacombe não respondeu. A defesa de Allan do Santos respondeu sobre o processo, de forma geral. “Sobre a PET do caso do Terça Livre, não conseguimos acesso até hoje, mesmo com a intervenção da OAB”, afirmou, em referência a pedidos feitos pela Ordem dos Advogados do Brasil por acesso integral aos autos dos inquéritos.
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