Após acusações de perseguição na Seme, secretário-adjunto diz que denúncias são caluniosas: ‘Comprometidos com a boa gestão’


Em nota enviada ao g1, secretário-adjunto Paulo Machado disse que é comum que haja remanejamento de servidores quando há troca de gestão. Funcionários alegam que assessores pedagógicos foram retirados das escolas onde atuavam e substituídos por pessoas de fora da pasta. Servidores reclamam de supostas remoções sem motivo na Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco
Josefran Freitas/Assecom
Após a polêmica em torno da denúncia de perseguição na Secretaria Municipal de Educação (Seme) de Rio Branco desde o início de 2025, o secretário-adjunto da pasta, Pastor Paulo Machado, negou as acusações e disse que o remanejamento de servidores é comum nos setores de administração pública. (Confira a nota na íntegra mais abaixo)
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Os relatos repassados ao g1 citam, inicialmente, decisões tomadas pelo secretário-adjunto, que incluem a retirada de assessores pedagógicos das escolas onde atuavam e a substituição deles por pessoas de fora da secretaria, supostamente aliadas do secretário-adjunto.
“A secretaria de Educação tem em seu quadro 3.800 servidores atualmente lotados nas escolas e nos prédios administrativos. Todos competentes para o trabalho em sala de aula, coordenação, apoio, gerência, direção, etc. É comum alguns serem convidados a participarem da equipe de gestão nas instalações da secretaria, por conhecerem toda a rotina das unidades educativas e sua complexidade”, disse em nota.
Machado disse ainda que, com a reeleição do prefeito Tião Bocalom (PL), ‘é natural que algumas equipes sejam reordenadas’ para que haja desenvolvimento em metodologias educacionais.
“E os professores serem substituídos na gestão, permitindo com isso que outros, igualmente capazes, possam contribuir com seu talento e conhecimento para que a educação alcance seus objetivos, que é o melhor para oferecer as nossas crianças”, continuou.
Além disto, falou ainda que, dentro dos prédios da administração da Seme, há 359 servidores, entre efetivos, comissionados e terceirizados, que contribuem para o trabalho na pasta.
“Em uma simples visita, será possível comprovar que os fatos noticiados são mentirosos e caluniosos […] nenhuma notificação dos órgãos de fiscalização. Isso mostra o quanto estamos comprometidos com a boa gestão”, frisou.
Polêmica
🔎 Contexto: Nabiha era secretária desde o início do primeiro mandato de Tião Bocalom (PL) e não foi mantida pelo prefeito no cargo na nova gestão. Desde então, a vaga é ocupada de maneira interina pelo pastor Paulo Machado, que é secretário-adjunto. Ainda não há uma nova nomeação para o próximo gestor da pasta.
Ainda conforme os profissionais, que pediram para não serem identificados, as remoções começaram no dia 6 de janeiro, e pelo menos 14 assessores já foram removidos por meio de portarias internas.
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👉 Conforme a lei n.º 8.112/1990, conhecida como Estatuto dos Servidores Públicos, os servidores podem ser removidos de cargos em três possibilidades: de ofício, no interesse da administração, a pedido, a critério da administração e a pedido para outra localidade, independentemente do interesse da administração. Em caso de remoção no interesse da administração, é preciso que haja justificativa e que as razões sejam legais. Remoção é diferente de exoneração.
“Os servidores não receberam uma justificativa para sair, nem secretário de Educação foi nomeado para possíveis mudanças. Os servidores foram informados enquanto o adjunto fazia reunião já apresentando outras pessoas. Os servidores ainda se disponibilizaram a repassar as informações para os novos, porém foi dito: ‘não tem necessidade vá na lotação pedir remanejamento para outro local’. Uma servidora chegou a pedir devolução mas disseram que não davam, mas que ela pedisse lotação em outro lugar”, acrescenta.
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Além de remoções supostamente sem justificativa e pelo secretário que é interino no cargo, os servidores ressaltam que os profissionais removidos já comprovaram competência para ocupar as funções, e contribuíram para que o ensino na capital tivesse a segunda maior pontuação entre as capitais do país, com média 6,4.
Confira a nota na íntegra
“As notícias veiculadas na imprensa são falsas. Fakes de produção de pessoas que sempre foram oposição ao bom trabalho. A secretaria de educação tem em seu quadro 3.800 servidores atualmente lotados nas escolas e nos prédios administrativos. Todos competentes para o trabalho em sala de aula, coordenação, apoio, gerência, direção, etc.
É comum alguns serem convidados a participarem da equipe de gestão nas instalações da secretaria, por conhecerem toda a rotina das unidades educativas e sua complexidade. Apesar dos servidores terem sido contratados para estarem em sala de aula, vez por outra são convidados para comporem equipes na administração por um período de tempo ou por um mandato inteiro.
Com a reeleição do prefeito, é natural que algumas equipes sejam reordenadas com fins a alternar e aprimorar o desenvolvimento dos projetos e das metodologias educacionais, e os professores serem substituídos na gestão, permitindo com isso que outros, igualmente capazes possam contribuir com seu talento e conhecimento para que a educação alcance seus objetivos, que é o melhor para oferecer as nossas crianças. Portanto, esse remanejamento sempre ocorreu em setores da administração pública em qualquer esfera de governo.
O que está ocorrendo no momento, é que um grupo de oposição à atual gestão resolveu criar um factoide fake, insatisfeitos com o remanejamento para as salas de aula, e tecendo falsas acusações, tentam desestabilizar a gestão da SEME, levando a opinião pública a crer que de fato esteja ocorrendo tais absurdos.
Dentro dos prédios da administração da SEME temos 359 servidores diversos entre efetivos, comissionados e terceirizados. Em Uma simples visita será possível comprovar que os fatos noticiados são mentirosos e caluniosos. No entanto, por conta do acesso que alguns tem aos veículos de imprensa, essa notícia fake foi distribuída para ser divulgada em vários veículos de comunicação com o intuito de desacreditar nosso trabalho. Estaremos representando para que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. Porém o estrago na imagem é de difícil reparação.
O importante é que a gestão do prefeito em todas as secretarias tem sido realizadas com dedicação e responsabilidade. Isso incomoda muita gente, pois nunca se viu tanto investimento com equidade e austeridade. Responsabilidade com o recurso público. Nenhuma notificação dos órgãos de fiscalização. Isso mostra o quanto estamos comprometidos com a boa gestão. Acima de tudo, está nossa reputação construída por toda uma vida dedicada ao cuidado de pessoas e sem mácula.
Seguiremos em frente, servindo, pois são os satisfeitos em maior número e precisamos continuar esse trabalho”.
VÍDEOS: g1
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