A AgroGalaxy (AGXY3), retoma nesta segunda-feira (20) a sua parceria com o Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) Terra Magna para antecipar recebíveis, segundo fato relevante divulgado pela companhia na última sexta-feira (17).
A medida marca a reativação da operação de descontos de recebíveis, interrompida desde setembro de 2024, quando a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
FIDC e crédito para produtores rurais
O FIDC Terra Magna permite que a AgroGalaxy antecipe recursos de títulos de crédito, como a Cédula de Produto Rural (CPR), amplamente usada no agronegócio.
Com isso, a empresa oferece melhores condições de financiamento para os produtores rurais, que podem acessar crédito em um momento crucial para a comercialização da safra de milho, um dos principais produtos agrícolas do país.
“A retomada do FIDC nos permite oferecer condições de financiamento mais competitivas, fortalecendo a relação com o produtor e viabilizando maior prazo para as vendas”, afirmou a AgroGalaxy em comunicado oficial.
Impacto para o agronegócio
Além de garantir liquidez para novas transações financeiras, o acordo com o FIDC Terra Magna impulsiona as vendas a prazo, agora com vencimentos projetados para outubro de 2025. Para os produtores, o benefício está no maior acesso a crédito, reduzindo a pressão sobre o fluxo de caixa e permitindo que continuem investindo na produção.
Segundo Luiz Conrado Sundfeld, diretor financeiro e de relações com investidores da AgroGalaxy, a retomada do FIDC é essencial para sustentar o volume de negócios. “Esse capital de giro será suficiente para fazer um volume maior da safra de milho e dar prazo ao produtor”, afirmou.
Risco de crédito e operação
No modelo do FIDC, o risco de crédito aos investidores é do produtor rural, e não da AgroGalaxy. Antes da suspensão, o fundo administrava cerca de R$ 1 bilhão. O valor exato do capital de giro disponível para as novas operações ainda será definido, uma vez que os descontos de recebíveis começam oficialmente nesta segunda-feira (20/1).
A reativação do FIDC Terra Magna reforça a importância de parcerias entre o setor financeiro e o agronegócio para sustentar a dinâmica econômica no campo.
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