Senado pressiona escolhida de Trump para a Justiça a declarar independência

Escolhida para um dos cargos-chave do governo Donald Trump, a advogada Pam Bondi, aliada de primeira hora do republicano, foi pressionada a dizer que adotará independência à frente do Departamento de Justiça durante sabatina de confirmação no Senado, nessa quarta-feira (15). Comparando com o Brasil, o órgão acumula funções que ora se assemelham ao Ministério Público Federal e ora à Advocacia-Geral da União.

O Departamento também tem sob seu guarda-chuva o FBI, a polícia federal americana. Bondi foi indicada após a primeira escolha de Trump, o ex-deputado Matt Gaetz, ser obrigado a desistir porque seria rejeitado pelo Congresso devido a acusações de má conduta sexual.
A advogada foi alvo de questões duras por parte dos democratas ontem devido à proximidade com Trump. Senadores perguntaram se ela encerraria uma investigação caso a Casa Branca pedisse. Em resposta, ela afirmou que não via essa chance.

Em alguns momentos, Bondi fugiu de perguntas incisivas. Houve questionamentos sobre se ela cumpriria o que já disse no passado a respeito de processar pessoas que investigaram Trump, o que ela evitou responder. Apesar disso, a advogada disse que iria “restaurar a integridade” do Departamento de Justiça. “Este departamento tem sido aparelhado por anos e anos e anos, e isso tem que parar.”
No passado, Bondi prometeu retaliação aos promotores que acusaram Trump de tentar impedir a posse de Joe Biden. “Quando os republicanos tomarem a Casa Branca, sabe o que vai acontecer? No Departamento de Justiça, os promotores serão processados, os maus, os investigadores serão investigados”, afirmou em entrevista à Fox News no ano passado.

Bondi endossou as acusações de fraude nas eleições de 2020 vociferadas por Trump. A recusa em assumir a derrota de Trump foi explorada na sabatina.

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