O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) avançou 0,48% em dezembro de 2024. O resultado foi superior ao registrado em novembro, quando o índice subiu 0,33%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).
Com o desempenho de dezembro, impulsionado principalmente pelo grupo Alimentação, o INPC acumulou alta de 4,77% no ano, acima dos 3,71% registrados em 2023.
O indicador reflete a variação de preços percebida por famílias com renda de até cinco salários mínimos e também é utilizado como referência para o reajuste de benefícios previdenciários acima de um salário mínimo, bem como contribuições e benefícios ligados ao INSS.
Alimentos puxam alta do índice em dezembro
Os preços dos alimentos tiveram destaque na composição do índice, com alta de 1,12% em dezembro, embora o ritmo tenha desacelerado em relação ao mês anterior (1,62%). Já os produtos não-alimentícios avançaram 0,27%, revertendo a queda de 0,08% registrada em novembro.
Ao longo de 2024, os alimentos acumulam alta significativa de 7,60%, enquanto os produtos não alimentícios subiram 3,88%, resultado inferior aos 4,83% de 2023.
Impactos para segurados do INSS
A alta do INPC em 2024 influencia diretamente o reajuste de benefícios previdenciários superiores ao salário mínimo. Para os segurados, isso significa um aumento no valor recebido. Contudo, o movimento pode elevar os gastos públicos, especialmente com aposentadorias e pensões e acabar pressionando o orçamento federal.
Com o aumento de despesas previdenciárias, pode haver maior necessidade de financiamento por parte do governo. Isso pode refletir no mercado de juros e títulos públicos, além de influenciar as expectativas inflacionárias.
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