O presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP), afirmou que o partido já gastou, no primeiro turno, os mais de R$ 886 milhões a que teve direito do bilionário fundo eleitoral. Ele disse também que teve de recorrer a pouco mais de R$ 50 milhões do fundo partidário para reforçar o orçamento com a eleição, somando quase R$ 950 milhões.
“Vamos ter muita dificuldade com dinheiro no segundo turno”, declarou Valdemar, que atribui a dificuldade de arrecadação em comparação a partidos, como o PSD, ao fato de o PL não ser da base do governo Lula (PT). Soma-se a isso, segundo ele, a resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro (RJ) à ideia de pedir contribuição financeira para os apoiadores.
“Não temos nada no governo. E temos o Bolsonaro, que não pede doações.” Valdemar disse que optou por não apelar a Bolsonaro por ter receio de baixa arrecadação mesmo depois de pedidos do maior líder do partido.
Ainda assim, o presidente do PL afirmou que aposta em cobrir despesas do segundo turno com doações. Segundo ele, a captação de recursos se torna mais fácil quando há duas candidaturas postas.
Turbinado pelo Congresso, o Fundo Eleitoral chegou a R$ 5 bilhões para a eleição municipal de outubro. O PL, de Bolsonaro, e o PT, do presidente Lula, ficaram com as maiores fatias. A divisão do dinheiro entre os 29 partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é proporcional ao desempenho deles nas eleições de 2022.
O PL teve pouco mais de R$ 886 milhões para candidaturas. O PT, R$ 620 milhões. O Partido dos Trabalhadores, porém, forma federação com PCdoB e PV. A soma da cota do grupo é de R$ 721 milhões.
Somando PL, PT e União, que é o terceiro em recursos (R$ 537 milhões), os três partidos ficaram com mais de 40% das verbas. Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibrava o jogo democrático.
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