O deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) sugeriu que pode passar a ser da oposição ao governo de Elmano de Freitas (PT) ao comentar demandas do mandato que não teriam sido atendidas pelo Executivo estadual. Em fala na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) nesta quinta-feira (27), o parlamentar fez cobrança direta ao Governo do Estado pedindo a implementação de lei de sua autoria que determina a fixação de cartazes de conscientização em locais públicos sobre a Lei do Feminicídio (Lei Federal 13.104/2015).
A proposta do deputado foi aprovada no Legislativo e virou a Lei n.º 17.333/2020, já sancionada, mas, segundoe ele, ainda não foi posta em prática. Henrique lembrou que medida semelhante, voltada ao combate ao preconceito por orientação sexual e identidade de gênero já é aplicada no estado.
“Eu acho que vou parar de falar aqui na tribuna e pedir o que é de direito nosso e vou acabar virando oposição, porque a fala e o líder do governo e o presidente da Assembleia não falam nada a favor da gente. É um descaso, não vou me calar, vou agora me inscrever todo dia para falar”, disse o deputado.
E seguiu: “A lei de nossa autoria, é só para anexar cartazes sobre a lei do feminicídio em todos os lugares, aqui na Assembleia, nos comércios, em todos os lugares públicos. Não tem cartaz falando da homofobia? Está aqui o aviso dado. Quem tem ouvidos, escute”.
Luiz Henrique ainda alfinetou o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), sem citá-lo, ao falar sobre o Carnaval, dizendo ser contra a festa e que o dinheiro público poderia ser investido de outra forma, como na saúde. “Mesmo a gente sabendo de como se encontra a Prefeitura de Fortaleza, ainda tem o Carnaval. E a saúde está tão precária, principalmente em Fortaleza. Está na hora de os políticos despertarem para o bom uso do dinheiro público”, disse.
O deputado também questionou o preço dos alimentos. “Como os políticos do Ceará e do Brasil estão agindo? Sou político, sou pastor, sou cidadão de bem e nunca vou me calar diante do erro, seja de um presidente, governador, prefeito ou colega”.
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