
Presidente determinou ao novo ministro que amplie a vacinação, reforce o combate à dengue e turbine o programa Mais Especialidades. Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde
Jornal Nacional/ Reprodução
O futuro ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a atual titular do ministério, Nísia Trindade, começaram a transição na pasta nesta quinta-feira (27), com a primeira reunião de trabalho após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidir pela troca. A posse de Padilha, que estava marcada para 6 de março, na quinta-feira pós-Carnaval, foi adiada para o dia 10. O motivo é dar mais visibilidade para a cerimônia.
O novo ministro recebeu três missões principais do presidente: A primeira é reduzir o tempo de espera no SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do programa Mais Especialidades. A orientação é turbinar o Mais Especialidades para diminuir o tempo de espera para exames, cirurgias e consultas especializadas.
Lula diz que Nísia é ‘amiga pessoal’ e tem ‘qualidade’, mas que governo precisa de ‘mais agressividade’
Ainda não está definido se o nome do programa será mantido, mas o diagnóstico é que a ação precisa de “um banho de comunicação e política”. O Mais Especialidades foi lançado há cerca de um ano. O Palácio do Planalto tinha a expectativa de que fosse uma grande vitrine na Saúde, mas a avaliação é que o programa não vingou até agora.
A segunda missão de Padilha será normalizar e ampliar a vacinação, acabando com os recorrentes problemas de falta de estoque, e ampliar as coberturas vacinais. A terceira missão é controlar o avanço da dengue pelo país.
Trocas no Ministério da Saúde
Padilha deverá fazer muitas trocas na equipe do Ministério da Saúde. Ainda que muitos integrantes do segundo escalão sejam quadros da área de saúde ligados ao PT, o novo ministro já decidiu que irá fazer muitas substituições. As conversas de Padilha com secretários atuais só começam amanhã (28).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participam do anúncio do acordo para a produção de vacinas, medicamentos e outros insumos
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Número dois da pasta, o secretário-executivo Swedenberger Barbosa, quadro tradicional do PT, será substituído. Ele deve dar lugar a Adriano Massuda, que atualmente ocupa a secretaria de atenção especializada à saúde. Barbosa disse que o grupo se dedicará à transição entre as gestões e classificou o nome de Massuda como uma “ótima opção”.
Padilha deve levar para a Saúde poucos integrantes de sua equipe na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), em função dos perfis completamente distintos dos dois ministérios.
A manutenção dos atuais secretários e assessores na SRI depende da definição do novo ministro da pasta. Entre os cotados estão os deputados federais José Guimarães (PT-CE), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), além do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.