A BRF (BRFS3) registrou um lucro líquido de R$ 868 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o lucro líquido do ano foi de R$ 3,7 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,869 bilhão registrado no ano anterior.
A receita líquida somou R$ 17,549 bilhões, avanço de 21,6% na mesma base de comparação. Em 2024, a BRF teve uma receita líquida de R$ 61,4 bilhões, crescimento de 14% em relação a 2023.
O Ebitda ajustado anual somou R$ 10,5 bilhões, alta de 123%. No Brasil, o indicador avançou 45,5%, atingindo R$ 4,5 bilhões, com uma margem de 15,5%. No mercado externo, o Ebitda chegou a R$ 5,7 bilhões, com receita de R$ 28,2 bilhões, crescimento de 15,6%.
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As ações da BRF despencam na Bolsa nesta quinta-feira (27) em reação aos números mais fracos do que o esperado pelo mercado. Às 12h, os papéis BRFS3 caiam 4,79%, desacelerando as perdas diárias, que alcançaram os 7% logo após a abertura.
Crescimento operacional e redução da alavancagem
O Ebitda ajustado da BRF foi de R$ 2,803 bilhões no trimestre, alta de 47,2% ante o mesmo período do ano anterior, com a margem Ebitda ajustada subindo para 16%, frente aos 13,2% de 2023.
A empresa reduziu seu nível de endividamento, encerrando o trimestre com um índice de alavancagem de 0,79 vez, contra 2,01 vezes um ano antes. A dívida líquida caiu 12,1%, para R$ 8,325 bilhões.
A BRF comercializou 1,328 milhão de toneladas de produtos entre outubro e dezembro, um aumento de 5,9% na comparação anual.
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Segmentos Brasil e Internacional
No mercado brasileiro, a receita líquida cresceu 15,9% no trimestre, atingindo R$ 8,567 bilhões. O preço médio dos produtos subiu 3,5%, para R$ 12,74 por quilo.
No mercado internacional, a receita líquida foi de R$ 7,345 bilhões, crescimento de 18,3% na base anual. A empresa conquistou 84 novas habilitações para exportação ao longo de 2024, acumulando 175 desde 2022.
Queda das margens
Apesar do desempenho positivo, a margem Ebitda ajustada do segmento Brasil caiu de 15,6% no quarto trimestre de 2023 para 14,7% no mesmo período de 2024. A empresa atribuiu a queda a custos extraordinários, como provisões de remuneração variável e Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O CFO da BRF, Fabio Mariano, explicou que esses custos foram provisionados ao longo do ano, mas concentrados no fim do exercício. Sem esse impacto, o portfólio sazonal de produtos comemorativos teria impulsionado as margens, como ocorre tradicionalmente.
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Citi mantém recomendação de compra
O Citi manteve uma visão positiva sobre a BRF, destacando um cenário favorável para o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em 2025. Apesar de uma possível alta nos preços do milho, o banco acredita que a colheita recorde de soja ajudará a compensar esse impacto.
O banco reiterou a recomendação de compra para as ações da BRF, com um preço-alvo de R$ 32, representando um potencial de valorização de 68,3% em 12 meses, considerando o fechamento a R$ 19,01.
O post BRF cresce no 4º trimestre, mas ações despencam na Bolsa apareceu primeiro em Monitor do Mercado.