Adoção: garantia e fortalecimento de direitos da primeira infância são temas de seminário em Fortaleza

Segundo dados do MP do Ceará, no primeiro semestre de 2024, cerca de 170 famílias ainda aguardam na fila para adoção

Aconteceu nesta quarta-feira (14) o III Seminário de Entrega Legal de Crianças à Adoção, que teve como tema principal a garantia e o fortalecimento dos direitos da criança na primeira inafância. O evento foi uma realização do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude (Caopij) e Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), com apoio da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), no teatro do Riomar Fortaleza.

O Programa Municipal Entrega Legal de Criança à Adoção (ELA), se tornou recentemente política pública, instituído pela resolução n° 112/2022 e elaborado pela Funci com o intuito de acolher mulheres que desejam fazer a entrega de crianças recém-nascidas para a adoção por vias legais.

“O que nos queremos é dar visibilidade e capacitar profissionais tanto da saúde, como da assistência social. Para que eles entendam que a entrega legal é um direito da mulher e a garantia que essa que criança vai ser entregue de forma legalizada. A gente dá esse apoio à mulher, para que ela decida, e a decisão consciente e responsável, porque a entrega é definitiva”, explica a coordenadora da ação, Silvana Garcia.
Procurador de Justiça do Ministério Público do RJ (MP do RJ), Sávio Bittencourt diz que uma das maiores dificuldades no sistema de adoção é o preconceito.

“É um preconceito muito grande contra a adoção. Se você conseguir destituir o poder familiar dessas crianças, você consegue colocá-las em adoção com certa facilidade se você fizer isso rápido. Você tem 33 mil pessoas querendo adotar no Brasil já habilitadas. Nós precisamos militar a favor da criança, parar de errar a favor dos adultos e correr o risco de errar a favor da criança para que ela tenha uma família amorosa”.

Segundo o promotor de justiça e coordenador do Caopij, Lucas Azevedo, o programa ELA conseguiu reduzir o tempo de espera por uma criança. “O número de pretendentes é muito maior do que o número de bebês, crianças e adolescentes que estão para a adoção, e existe uma fila de espera. O procedimento da Entrega Legal encurta esse prazo. Quando um bebê vai ser adotado através da Entrega Legal esse prazo, que muitas vezes pode durar meses ou anos, é encurtado para dois meses, via de regra”.

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