González se autodeclara presidente da Venezuela; Ministério Público abre investigação

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto González recebeu 43,18%

Foto: Maxwell Briceno

O opositor de Nicolás Maduro, Edmundo González, se declarou presidente eleito da Venezuela nesta segunda-feira (5), em carta publicada em suas redes sociais. A oposição, liderada González e María Corina Machado, contesta o resultado da eleição presidencial.

Em carta publicada no X (ex-Twitter), os lideres da oposição afirmam ter vencido as eleições da Venezuela, em 28 de julho, com 67% dos votos. “Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro conseguiu 30%. Essa é a expressão da vontade popular. Vencemos em todos os estados do país e em quase a totalidade dos municípios. Dessa realidade são testemunhas todos os cidadãos, incluindo os membros do Plano República.”

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto González recebeu 43,18%. A apuração também é questionada por governos internacionais.

Após as declarações de González e María Corina, o Ministério Público da Venezuela abriu uma investigação criminal contra os lideres da oposição. Segundo o órgão, o ato de autodeclaração vai contra a apuração do CNE. O procurador-geral Tarek William Saab disse que a oposição de Maduro atua as margens da Constituição e incitam desobediência às leis.

“O Ministério Público, como titular da ação penal, em seu dever de ser garantidor da paz e da estabilidade no país, se manterá vigilante ante qualquer ato que implique a geração de violência ou pânico na população e que pretenda a reedição de eventos que deixaram dolorosas feridas em toda a família venezuelana”, disse o procurador-geral.

González e María serão investigados por: divulgação de informações falsas para causar alarmismo, instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição, associação para delinquir e conspiração.

Em 2019, Juan Guaidó se autodeclarou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. Guaidó está exilado nos EUA, desde 2023. Ele declarou na última quarta-feira (31), que recebe ameaças constantes de Nicolás Maduro e que se voltasse à Venezuela “terminaria preso ou morto pelas ameaças da ditadura”.

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