Mudança na regulação abre mercado e aceleradora de gestoras de patrimônio amplia aquisições

Uma recente mudança regulatória embaralhou as cartas do mercado financeiro e abriu espaço, em 2024, para o crescimento das gestoras de patrimônio, também chamados de multi family offices (MFOs) ou consultorias CVM. E a Vita Investimentos, aceleradora voltada para esse tipo de empresa, aproveitou o momento para aumentar em 50% o valor total de Assets Under Management (AUM), chegando ao total de R$ 8 bilhões previstos para o fim do ano.

A empresa, que se intitula o primeiro hub B2B brasileiro de aceleração de MFOs, investe em escritórios e torna-se acionista minoritária, oferecendo, em contrapartida, tecnologia e suporte. Hoje, são 14 escritórios espalhados por todo o Brasil — até ano passado eram 8 — alguns bem longe da Faria Lima, em estados como Pará, Maranhão, Recife e Rio Grande do Sul.

Pelo modelo de negócios, quando essas MFOs se conectam à Vita, elas mantêm as suas características próprias, as marcas e culturas. O formato foi inspirado na atuação da Focus Financial Partners nos EUA.

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Foco no atendimento ao cliente final

Com forte viés tecnológico, a Vita apoia as investidas/aceleradas com a plataforma B2B com tecnologia proprietária, que faz consolidação de carteiras, ganho de escala (automatizando processos) e acesso, permitindo inclusive, suportar e ajudar o parceiro na gestão dos ativos que os clientes possuem no exterior.

“Dessa forma, as investidas podem se concentrar em seu core business, no atendimento com excelência ao cliente final”, diz Guilherme Galli, sócio e responsável pela área de B2B da Vita Investimentos.

Na visão de Galli, as consultorias CVM enfrentam o desafio de equilibrar a eficiência operacional com a necessidade de oferecer um serviço personalizado e de alta qualidade aos seus clientes.

Quando ele se juntou à Vita, foi exatamente para atuar na expansão do B2B, trazendo na bagagem a relação que construiu com escritórios no “B2B” pelo país em suas passagens por BTG e XP. Na época, em agosto, a Vita tinha R$ 5 bilhões sob gestão e oito MFOs investidas.

Investidas desejadas

Hoje, a Vita já tem 14 MFOs investidas e um total de R$ 7 bi no seu ecossistema. A ideia é fechar 2024 com 16 investidas e R$ 8 bi. As investidas são consultorias e gestoras com ticket médio de R$ 500 milhões de AUM, mas que tenham como conceito base crescer, e não ser incorporado.

“Não queremos o perfil que quer vender o negócio, buscamos o perfil quem quer crescer, pois não dá pra matar o verdadeiro empreendedor e transformar ele em um CLT disfarçado”, diz Galli.

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Impacto da mudança regulatória

Para as potenciais investidas, o apelo é o suporte tecnológico, a consolidação de carteiras e o acesso a ativos no Brasil e no exterior. A partir da mudança regulatória (resolução CVM 179), ele espera que profissionais que atuavam com o chapéu de assessor mudem para o de gestor ou de consultor.

Esse é um cenário cada vez mais dinâmico e complexo, no qual a tecnologia desempenhará um papel crucial para que as Consultorias CVM e Gestoras de Patrimônio tenham eficiência operacional e um serviço personalizado de alta qualidade.

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