Pedro Weber concedeu entrevista coletiva e falou sobre quanto o Mecão já recebeu de aporte em sua SAF
O América-RN teve uma eliminação precoce na 2ª fase da Série D e não alcançou o tão sonhado acesso à 3ª Divisão. Pouco mais de uma semana depois da despedida da temporada, o clube fez o balanço da temporada e tratou de afastar qualquer possibilidade de venda da SAF do Mecão.
Quem afirmou isso foi o CEO da SAF alvirrubra, Pedro Weber, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12). O dirigente afirmou que não há e não houve qualquer tipo de conversa da Hype S/A, empresa investidora que comanda a SAF do América-RN, com outros investidores para uma possível venda.
“Nunca teve negociação de venda, nem conversa com possíveis interessados. Nossa estruturação é dentro de casa, dentro da Hype S/A. Vão ter, possivelmente, ajustes de gestão da SAF. Mas não teve nenhum investidor novo na Hype S/A, apenas novos aportes, mas com os mesmos investidores”, iniciou o dirigente.
“SAF é uma empresa, são milhões em investimentos, é uma responsabilidade grande. Mas, com certeza, vão aparecendo investidores. É normal essa conversa, mas não teve nada nesse sentido. Os atuais investidores estão super interessados, pois é um investimento de médio a longo prazo. Não é um projeto de um ano. O não acesso não muda nada nesse sentido”, acrescentou.
Ajustes nos investimentos do América-RN
Desde que a Hype S/A assumiu o América-RN, já foram gastos entre R$ 14 milhões a R$ 15 milhões no clube. Desse total, R$ 3 milhões foram alocados na infraestrutura do Dragão. A grande parte do restante do valor foi alocado no departamento de futebol do clube.
Esse investimento vem em pouco mais de um ano de que a empresa assumiu a SAF do Mecão. Para 2025, a intenção é de que o nível de aporte financeiro destinado na atual temporada seja o mesmo, ou um pouco menor. Mas o que Pedro Weber garante é que o clube pretende ser mais assertivo em suas ações.
Passamos essa semana fazendo esse planejamento junto com os investidores. Olhamos os orçamentos, tivemos erros que não queremos dar continuidade, porque achamos que alocamos o recurso de maneira errada, e queremos seguir com maior produtividade”, contou o CEO.
O dirigente elencou também que alguns erros na formação de elenco pesaram um pouco no planejamento de 2024 e não irão repetir isso para o ano que vem. Weber elencou que foi um erro ter jogadores com contrato mais longo, e caro, para 2024. Assim, é uma situação que não deve ocorrer visando a próxima temporada
“Trouxemos alguns erros já de 2023, na má formação do elenco, com uma formação desgastante. Trouxemos atletas com contratos longos e isso desgastou o início da nossa reformulação, onde alguns atletas caros continuaram. Acho que não precisamos disso no primeiro semestre e isso afetou a nossa formação de elenco neste ano”, avaliou.
“Acho que podemos aproveitar isso melhor em 2025 e ficar mais competitivos. Os ajustes serão em cima disso. Acho que ficaremos com o mesmo investimento deste ano, de repente um pouco menos, mas nada que comprometa a competitividade do orçamento. O erro não foi o investimento, e sim que podemos ser mais competitivos com o capital empregado”, pontuou.
América-RN mais unido em 2025
Pedro Weber também citou que quer fortalecer a união dentro do América-RN. Para ele, o Dragão precisa ter mais diálogo entre a SAF e a associação, com a segunda parte ficando mais a par das decisões e processos tocados pela empresa investidora para o clube.
Assim, mesmo com oposição e movimentos contrários à SAF alvirrubra, o CEO acredita que o América-RN pode melhorar nessa relação. E que, aos poucos, essa relação com a associação e torcedores pode evoluir mais.
“A gente nunca vai conseguir que todos torçam a favor. A gente enxerga assim, sempre um movimento contrário desde a nossa chegada, mas é da natureza de um clube grande como o América-RN, que tem várias frentes políticas. Mas a gente continua super convicto e estamos sempre abertos a receber essas pessoas que têm uma opinião contrária, e a gente entende isso”, falou Weber.
“Mas vamos seguir tentando, aos pouquinhos, continuar convencendo um a um para que o América-RN, como um todo, se feche e a gente se una. Tivemos uma transição no poder executivo na associação, temos uma relação super boa e vamos batendo todos os pontos. Eles não participaram desse processo da aquisição da SAF, então há uma falta de informação às vezes e essa transição demanda alguns conflitos. Mas vamos resolvendo um a um e aumentando a “cola” com a associação”, concluiu.
