O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi reeleito no primeiro turno para o quarto mandato dele à frente da cidade. Na votação desse domingo (6), ele alcançou 60,47% dos votos válidos, superando os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), que teve 30,81%, e Tarcísio Motta (Psol), com 4,20%, além dos demais concorrentes.
Paes venceu a disputa evitando a nacionalização do enfrentamento com Ramagem, que recebeu apoio de Jair Bolsonaro (PL). O prefeito não teve agendas de campanha ao lado do presidente Lula (PT) e, durante debates e entrevistas, descrevia a aliança com o petista como parcerias com o Governo Federal, sempre destacando diferenças pontuais com o PT.
O objetivo foi atrair uma parte do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022. As pesquisas eleitorais ao longo da campanha mostraram que ele conseguiu manter a preferência de parte significativa dos evangélicos, geralmente associados ao bolsonarismo, por meio de aliança com lideranças do setor.
Ao mesmo tempo, Paes buscou discutir temas locais durante a campanha e “estadualizou” a disputa com Ramagem, destacando o vínculo do adversário com a imagem do governador Cláudio Castro (PL), mal avaliado entre os eleitores. Desconhecido do eleitorado no início da campanha, Ramagem conseguiu reagir nas pesquisas de intenções de voto após o início da propaganda de TV.
Mas o apoio de Bolsonaro não foi suficiente para impedir a vitória de Paes. Também participaram da disputa o deputado federal Marcelo Queiroz (PP), o deputado estadual Rodrigo Amorim (União), Juliete Pantoja (UP), Carol Sponza (Novo), Cyro Garcia (PSTU) e Henrique Simonard (PCO).
Após a vitória, Paes acenou para uma trégua nos embates com Cláudio Castro. “Não queria ter estadualizado essa eleição. O Rio precisa resolver essa questão de segurança. Governador, tivemos que fazer embates porque seu candidato trouxe as suas fraquezas. Mas a partir de hoje terminam os conflitos. Queremos ajudar o seu trabalho”, disse.
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