Os mercados internacionais iniciaram a semana alertas aos primeiros sinais da economia dos Estados Unidos, após uma semana de agenda cheia de divulgações de política monetária e com expectativas para os dados de inflação, como o índice PCE de agosto e a segunda leitura do PIB americano do segundo trimestre, que serão divulgados nos próximos dias.
Na Ásia, a semana inicia com mais um feriado, que precede a divulgação das atas de reunião do comitê de política monetária da região. Os mercados locais fecharam majoritariamente em alta, após a notícia de corte de juros na China.
A Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha e EUA aguardam a divulgação dos índices de gerente de compras (PMI) composto preliminar de setembro.
Manchetes desta manhã
- Fundos imobiliários crescem e atraem novos perfis (Valor)
- Produtividade do trabalho perde ímpeto e mostra quedas (Valor)
- Mercado aquecido anima indústria para Black Friday e Natal (Globo)
- Governo Lula recorre a fundos para driblar o arcabouço e subir gasto (Estadão)
Mercado global
Confira os principais índices do mercado:
O S&P 500 futuro sobe 0,16%, enquanto o Stoxx Europe opera em alta de 0,24%.
- S&P 500 Futuro +0,16%
- STOXX 600 +0,24%
- FTSE 100 -0,04%
- Nikkei 225 Mercado fechado em razão de feriado local
- Hang Seng -0,06%
- Shanghai SE Comp. +0,44%
- MSCI EM +0,27%
- Dollar Index +0,26%
- Yield 10 anos +0,021 bps a 3,749%
- Petróleo WTI +0,38% a US$ 71,27 barril
- Bitcoin +0,80% a US$ 63.502,55
Commodities
- Petróleo: registra leve queda, ainda refletindo o anúncio do corte de juros nos EUA, que está ajudando a neutralizar a fraca demanda da commodity. O brent/nov sobe a US$ 74,41 (-0,15%) e o WTI/nov, a R$ 70,98 (-0,04%).
- Minério de ferro: fecha em forte queda de -4,50% em Dalian cotado a US$ 93,30/ton. Em Cingapura, os contratos se mantiveram em queda com o futuro a -2,18% a US$ 89,55/ton e o mercado à vista em queda de -0,62% cotado a US$ 91,40/ton.
Cenário pós corte de juros nos EUA e alta da Selic no Brasil
A Bolsa de Valores brasileira iniciou a semana em queda após uma perda de quase 3% na semana anterior, encerrando aos 131 mil pontos, após ter tocado brevemente os 130 mil pontos.
O dólar, que vinha de uma trajetória de queda, voltou a subir e fechou acima de R$ 5,50 na sexta-feira. O movimento reflete a crescente preocupação do mercado com o cenário de juros e inflação no Brasil.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda inicia às 9h, com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic; além de outros dois eventos, às 11h15 e às 14h, também com a participação de representantes do Fed, Austan Goolsbee (Chicago) e Neel Kshkari (Minneapolis), respectivamente.
A semana ainda terá outros discursos com dirigentes do Fed previstos, incluindo seu presidente, Jerome Powell.
Cenário nacional
No Brasil, com o mercado ainda digerindo a alta da Selic em 0,25 pontos-base na semana passada, todas as atenções estão voltadas para a coletiva de imprensa com representantes do Tesouro, da Receita Federal e da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), prevista para as 11h, que deve trazer detalhes sobre o relatório fiscal bimestral de receitas e despesas do orçamento.
Às 8h, foi divulgada a pesquisa da FGV sobre inflação (IPC-S) da terceira semana de setembro, seguida pela divulgação do Boletim Focus, às 8h25. Logo mais às 10h, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o índice de confiança do empresário industrial (Icei), com os resultados de setembro.
Ainda hoje, às 15h, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) deve apresentar a pesquisa semanal da balança comercial. Amanhã, a agenda continua com a divulgação da ata da reunião do Copom, às 8h. Na sequência, às 10h, deve sair o índice de confiança do consumidor.
Quanto aos indicadores da semana, o mercado segue atento principalmente aos dados do IPCA-15 de setembro, que deve sair na quarta-feira (25).
Outro evento que também entra no destaque da semana é a coletiva de Campos Neto, presidente do BC, e Diogo Guillen, diretor de política econômica do BC, que deve acontecer na quinta-feira (26), após divulgação do relatório de inflação.
Destaques no mercado corporativo
- Vale: decidiu antecipar o processo de sucessão, agora prevista para 1º de outubro, com Gustavo Pimenta assumindo a presidência no lugar de Eduardo Bartolomeo. O conselho de administração da companhia também aprovou a nomeação, interinamente, de Murilo Muller, atual diretor global de controladoria, para a posição de vice-presidente executivo, que será responsável pelas áreas de Finanças e Relações com Investidores.
- Santos Brasil: anunciou a venda de 47,55% de seu capital social à CMA CGM, por R$ 6,33 bilhões. Os compradores deverão fazer uma OPA para comprar as ações remanescentes, pelo mesmo preço por ação e condições oferecidas aos vendedores.
- B3: na última sexta-feira foram arrematados mais três lotes de Parcerias Público Privadas (PPP) para prestação de serviços de esgotamento sanitário à Sanepar.
- Saneamento Consultoria (consórcio integrado pela Aegea, Perfin e Kinea): venceu a disputa pelo Lote 1, a espanhola Acciona arrematou o Lote 2 e a Iguá Saneamento o Lote 3. Os três contratos preveem R$ 2,9 bilhões em investimentos. Ao todo, 112 municípios da região centro-oeste do Paraná serão atendidos.
- Moody’s: rebaixou o rating da Azul por riscos de liquidez.
- Localiza: aprovou a distribuição de R$ 423,8 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP). O pagamento está previsto para 14 de novembro, com base na posição acionária de 25 de setembro.
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