Os mercados financeiros globais iniciaram a semana em um clima de tensão e incerteza, enquanto os investidores aguardam as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
A expectativa de cortes nas taxas de juros nos dois países está no topo da agenda, com potencial de impactar o mercado de ações, câmbio e commodities.
Mercados internacionais aguardam o Federal Reserve
O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA, se prepara para anunciar sua decisão sobre a taxa de juros na próxima quarta-feira (18). As projeções do mercado variam entre um corte de 0,25 e 0,50 ponto percentual, marcando o primeiro ciclo de flexibilização monetária desde 2020.
A redução nos juros nos EUA pode ter implicações significativas para os mercados emergentes, incluindo o Brasil, ao influenciar o fluxo de capital e a valorização do dólar.
Nesta segunda-feira (16), o S&P 500 Futuro operava em leve alta de 0,02%, enquanto o Stoxx Europe registrava um ganho marginal de 0,02%.
Já o FTSE 100 recuava 0,16%. O mercado asiático permanece fechado devido a feriados na China e no Japão, com o índice Hang Seng subindo 0,31% antes do fechamento.
Principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro: +0,02%
- Stoxx Europe: +0,02%
- FTSE 100: -0,16%
- Nikkei 225: Fechado
- Hang Seng: +0,31%
- MSCI EM: +0,30%
Petróleo e criptomoedas sob pressão
O mercado de commodities também reflete a tensão global. O petróleo WTI opera em alta de 1,02%, cotado a US$ 69,35 por barril, enquanto o Brent está a US$ 72,19.
Por outro lado, o Bitcoin registra uma queda de 2,2%, sendo negociado a US$ 58.583,00, em linha com a volatilidade das criptomoedas nos últimos dias.
Dados de commodities e criptomoedas:
- WTI: +1,02% (US$ 69,35/barril)
- Brent: US$ 72,19/barril
- Bitcoin: -2,20% (US$ 58.583,00)
Expectativa de corte na Selic movimenta o mercado brasileiro
No Brasil, o destaque da semana será a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), também prevista para quarta-feira (18). O mercado projeta um corte na taxa Selic, atualmente em 13,75%. As estimativas variam entre 0,25 e 0,50 ponto percentual, dependendo das expectativas de desaceleração da inflação e da atividade econômica.
O resultado dessa reunião é crucial para setores como construção civil e consumo, que tendem a se beneficiar de juros mais baixos.
O dólar, que oscilou entre R$ 5,50 e R$ 5,60 na última semana, inicia esta segunda-feira cotado a R$ 5,57, com os investidores monitorando as decisões do Copom e do Fed.
A alta do Ibovespa na última sexta-feira (13), que fechou em 134.882 pontos, foi impulsionada pela queda dos juros futuros e pela expectativa de um ciclo de corte mais agressivo nos EUA.
Principais indicadores no Brasil:
- Ibovespa: 134.882 pontos (+0,64%)
- Dólar: R$ 5,57
- Selic: Expectativa de corte entre 0,25% e 0,50%
Empresas
- Caixa Econômica Federal: O banco estatal prepara a criação de uma unidade “onshore”, visando reduzir custos e ofertar novos produtos para exportadores. Também está nos planos da Caixa uma atuação mais forte no mercado de capitais doméstico para apoiar empresas da construção civil.
- Azul: A companhia aérea reiterou que segue em negociações com arrendadores de aeronaves, mas não há acordo fechado até o momento. A notícia gerou cautela entre os investidores, que acompanham de perto o desdobramento das tratativas.
- Banco do Brasil e Bayer: As duas empresas firmaram uma parceria para emissão de Cédulas de Produto Rural (CPR) “verdes”, conhecidas como CPR Preservação, que visam fomentar práticas agrícolas sustentáveis.
- Lojas Marisa: A empresa está sob escrutínio após uma auditoria levantar ressalvas em relação ao balanço do segundo trimestre. Os problemas envolvem provisões para perdas judiciais e a ausência de documentação adequada, o que preocupa o mercado.
Projeções para a semana
Com o mercado focado nas decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, as expectativas para esta semana estão concentradas nos impactos dos cortes de juros. O efeito dessas medidas poderá ser sentido no câmbio, nos rendimentos dos títulos públicos e nas ações de empresas sensíveis a variações nas taxas de juros.
Imagem: Pxhere
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