O dólar fechou em queda de 0,91%, a R$ 5,56, nesta sexta-feira (13). A moeda americana perdeu valor frente a moedas fortes e emergentes, impulsionada pela melhora no sentimento dos investidores globais, que esperam um corte mais agressivo nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Expectativas sobre política monetária dos EUA
Com a reunião de política monetária do Fed marcada para a próxima semana, o mercado reagiu a uma reportagem do Wall Street Journal, que indicou que os dirigentes da autoridade monetária ainda estão indecisos sobre a magnitude do corte de juros. Além disso, Bill Dudley, ex-presidente do Fed de Nova York, defendeu um afrouxamento monetário mais agressivo.
Esses fatores aumentaram as apostas do mercado em um corte de 50 pontos-base (pb) nas taxas de juros dos EUA. De acordo com a plataforma CME Group, há 50% de chance de que o Fed opte por uma redução de 50pb ou de 25pb.
A percepção de uma política monetária mais “dovish” (mais flexível) fez com que os juros dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) recuassem, incentivando a busca por ativos de risco, como os mercados emergentes.
Impacto no Brasil e nas commodities
A cotação do dólar no Brasil variou ao longo do dia, atingindo uma máxima de R$ 5,6200 e mínima de R$ 5,5451. Apesar da queda recente, a moeda americana ainda acumula alta de 14,71% em 2024.
Uma pesquisa divulgada pelo BTG Pactual mostrou que 44% dos entrevistados acreditam que o dólar ficará entre R$ 5,20 e R$ 5,40 nos próximos 12 meses, enquanto 28% preveem a cotação entre R$ 5,40 e R$ 5,60.
O real também foi apoiado pela valorização das commodities no início do dia, embora o petróleo tenha fechado em baixa devido ao impacto do fenômeno climático Francine no Golfo do México. O minério de ferro também encerrou o dia em queda.
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