Por Hyago Felix
Morar na capital cearense, Fortaleza, foi uma escolha para Ivanildo Nunes. O estilista piauiense que mora em Fortaleza há 42 anos conta que escolheu a terra da luz para morar pois foi o lugar que o acolheu e o formou. “É uma cidade que me acolheu como uma mãe, na verdade. Eu cheguei aqui em Fortaleza com 11 anos de idade, já estou aqui há 42 anos. Fortaleza é uma cidade que me formou, foi onde eu consegui me desenvolver enquanto profissional, criei meus filhos. Fortaleza é uma cidade acolhedora, de coração aberto para todos os nordestinos e para as pessoas do mundo todo.”
O médico potiguar Renato Viana, conta que escolheu Fortaleza por amor a cidade e amor a sua esposa, que é fortalezense, e atualmente mora na capital cearense compartilhando os ambientes plurais que Fortaleza oferece, a união do urbano com o tropical, com as praias que são pertencentes a terra da luz. “Fortaleza é uma cidade linda que a gente escolhe para viver. Eu não sou cearense, minha esposa sim. Fortaleza é uma cidade que nos proporciona ambientes lindos para viver ao ar livre, como a praia, que é uma beleza linda que está disponível para a gente o ano todo”.
A tranquilidade de morar na capital cearense é celebrada por Inalba Araújo, a servidora pública é nascida em Fortaleza, no bairro São Gerardo, afirma que ama Fortaleza pela calmaria, mas também aponta a preocupação com a preservação de áreas verdes na capital. “Eu tenho a celebrar a tranquilidade que nós já vivemos e eu espero que continue assim. E que os governantes olhem com zelo e cuidado para a nossa cidade. Principalmente as praças e as áreas vezes, parte tão rica de Fortaleza”.
Breve história de Fortaleza
A história, disponibilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), conta que o surgimento de Fortaleza começa em meio à colonização portuguesa. No primeiro século após a chegada dos europeus, a capitania do Ceará não despertou grande interesse de seu donatário, dom Antônio Cardoso de Barros. Foi só em 1603 que o fidalgo Pero Coelho de Sousa desembarcou na foz do rio Ceará, erguendo um pequeno forte e dando início a um povoado que, no entanto, não prosperou.
Nove anos depois, em 1612, Martim Soares Moreno, que havia acompanhado Pero Coelho, retornou ao local. Encontrou o forte abandonado, recuperou-o e construiu a Capela de Nossa Senhora do Amparo. Martim, figura histórica, mais tarde inspirou um dos personagens centrais do romance Iracema, de José de Alencar, obra que busca narrar as origens simbólicas do Ceará.
A presença portuguesa, porém, foi interrompida pelos holandeses, que dominaram a região entre 1640 e 1654. Sob forte resistência indígena. A ocupação holandesa chegou ao fim quando o comandante português Álvaro de Azevedo Barreto retomou o forte em 1654, rebatizando-o como Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
O povoado cresceu ao redor do forte e, em 13 de abril de 1726, foi elevado à categoria de vila. Com a Independência do Brasil, Fortaleza tornou-se a capital da província do Ceará. No século XIX, a cultura do algodão impulsionou a economia local, e a cidade passou por um período de desenvolvimento urbano, com a construção de marcos como o Liceu do Ceará, o Farol do Mucuripe, a Santa Casa de Misericórdia e a Biblioteca Pública.
Atualmente, em 2025, Fortaleza figura por pelo menos 3 anos como a capital nordestina com maior Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021. Ainda de acordo com o órgão, em 2024 a estimativa era de 2.574.412 pessoas morando na capital cearense. Em 299 anos de existência, os números sinalizam que Fortaleza figura entre as maiores cidades do Brasil.
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