Em pronunciamento oficial na última terça-feira (25), um representante do governo Lula defendeu a discussão sobre a criação de uma reserva estratégica de bitcoin no Brasil, classificando o tema como de “interesse público”. Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), fez as declarações durante cerimônia de posse na Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC).
“Debater com rigor a constituição de uma reserva soberana de valor de bitcoin é de interesse público e será determinante para a nossa prosperidade”, afirmou Guerra, representando o governo federal. Ele acrescentou: “Bitcoin é o ouro digital, o ouro da internet. É uma tecnologia que permite transmitir riqueza de uma ponta a outra do planeta com agilidade e armazenar os frutos do nosso trabalho de maneira eficiente e segura”.
O representante destacou as características da criptomoeda, como sua escassez programada e natureza deflacionária, contrastando com as moedas fiduciárias sujeitas à inflação. Estas foram as primeiras declarações de um membro do governo Lula sobre o assunto, que ganha relevância internacional após os EUA criarem sua própria reserva de bitcoin em março.
No cenário nacional, o deputado Eros Biondini (PL-MG) apresentou em novembro de 2024 um projeto de lei para viabilizar a formação de reservas brasileiras da criptomoeda. A proposta, que ainda está em fase inicial de tramitação, argumenta que a medida poderia proteger a economia nacional. Enquanto isso, o governo sinaliza abertura para o debate, sem anunciar medidas concretas imediatas.
Atualmente, apenas Estados Unidos, El Salvador e Butão mantêm reservas oficiais de bitcoin. A iniciativa americana foi implementada através de ordem executiva do presidente Donald Trump, utilizando bitcoins apreendidos em operações policiais.
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