CompanhiaDaNãoFicção estreia solo inédito Meu Corpo em Terra Corre Para o Mar Como Tartaruga Marinha no dia 28 de março no Sesc Bom Retiro

Link para download de fotos – crédito Camomila Produções

Vídeo do espetáculo

Em uma investigação sobre a estética lésbica no teatro contemporâneo, a atriz e dramaturga Beatriz Belintani e a diretora e dramaturgista Fabiana Monsalú, da CompanhiaDaNaoFicção estreiam o solo Meu Corpo em Terra Corre Para o Mar Como Tartaruga Marinha.

O espetáculo tem apresentações no Sesc Bom Retiro, de 28 a 30 de março, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 18h. 

O solo é uma palestra-performance que nasce da afirmação da pensadora Monique Witing “lésbicas não são mulheres” e convida o público para um exercício radical de imaginação, a partir do corpo da lésbica na sociedade.

O trabalho propõe criar outras perspectivas de “(con)vivência”, afeto e liberdade, confrontando conceitos do feminismo e da teoria queer em uma imersão sensível e poética.

A direção propõe um jogo cênico entre o corpo da lésbica na sociedade e a luta pela sobrevivência das tartarugas marinhas como metáfora desse corpo e sua maneira de sobreviver, já que esses animais nascem na terra e imediatamente correm para o mar para viver sua liberdade. 

“O trabalho nasce do desejo e da necessidade de existirmos livres de qualquer forma de controle social, cultural ou político. E, mais do que isso, de vivermos em uma espécie de alegria anárquica. Por isso, escolhemos esse ser que vive em alto-mar, zonas marítimas que não se encontram sob jurisdição de nenhum Estado”, explica a atriz e autora Beatriz Belintani.

A escritura cênica é alinhavada com fatos reais da história, depoimentos em verbatim e textos de autoras latino-americanas, europeias e norte-americanas, criando um espaço de diálogo entre o perigo iminente e a aspiração por um futuro utópico.

Entre essas pensadoras, estão Monique Wittig, Audre Lorde, Gayle Rubin, Jota Mombaça, Simone de Beauvoir, Verónica Gago e Judith Butler. 

Mais do que nunca, em tempos que correm, é necessário encontrar o coração das pessoas para fazer ecoar “uma visão de mundo pela qual as pessoas desejem viver em igualdade, liberdade e justiça”, como defende a norte-americana Judith Butler.

Por isso, a dramaturgia da imagem propõe ao espectador a experiência de uma contra imaginação.

“A visibilidade lésbica ainda está à margem das discussões identitárias e de diversidade, mesmo no campo das artes, por isso, a discussão é urgente e pungente na atualidade e pede constante atualização através do pensamento e da sensibilização poética”, acrescenta a diretora Fabiana Monsalú.

Em cena, o corpo da atriz, a dramaturgia da luz e do som, o vídeo mapping e a câmera ao vivo compõem uma dramaturgia para além da palavra.

Por meio da performatividade e de uma ética da alegria, a cena amplia a discussão e desperta os sentidos para descobrir que o que está sendo levantado diz respeito a toda a humanidade.

O espetáculo faz parte do projeto Brejo do Bom, uma programação do Sesc Bom Retiro que traz à cena o protagonismo de artistas e pesquisadoras sáficas.

Sobre Beatriz Belintani – atriz e dramaturga

Artista e pesquisadora em teatro e performance.

Nasceu e mora em São Paulo e dedica-se à criação, pesquisa e prática nas artes cênicas contemporâneas a partir da relação entre estética e política, e investiga as qualidades narrativa e performativa com objetivo de propor diferentes formas de relação e atravessamento que uma obra pode ter com o público, com foco na busca por uma estética lésbica.

Entre seus trabalhos mais recentes recentes estão a peça “Eu Amo Chris – Uma pequena coleção de fracassos” (2023), como atriz-criadora junto ao coletivo Coletivo Teatro Dodecafônico, que segue em circulação; a criação e apresentação do podcast “Dramaturgia Expandida” (2023) no spotify; a curadoria do Amoreiras Amoreiras – Festival LGBTQIA+ do Vale do Paraíba (1ª edição em 2022 e 2ª edição em 2025); a experiência auditiva binaural “Fim de Festa: Um mergulho para remixar a realidade” (2021) da CompanhiaDaNãoFicção, como assistente de direção e de dramaturgia, que segue em circulação; a peça “SÓS: Ao cair de mim morrerei vivendo” (2021), trabalho híbrido concebido entre teatro e vídeo é apresentado online e ao vivo, que além de atuar, também dirigiu e escreveu com apoio da lei Aldir Blanc, e cuja dramaturgia publicou em 2022 pela editora la lettre como uma experiência de leitura-escuta.

Sobre Fabiana Monsalú – diretora e dramaturgista

Diretora, pesquisadora, atriz, curadora, formadora e fundadora da CompanhiaDaNãoFicçção. Doutora em Estudos Artísticos Teatrais e Performativos pela Universidade de Coimbra – Portugal, onde defendeu a tese “O Teatro Como Acontecimento Performativo e Arte Relacional: Estratégias para Decolonizar a Criação”.

Mestre em Artes Cênicas Cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da USP, onde defendeu a pesquisa “O Corpo Híbrido do Ator”. Licenciada em Teatro pela Universidade Federal da Bahia.

É criadora do Método TCH no Brasil e autora dos livros “Arte Relacional no Brasil: O que se faz-O que se come” (editora multifoco/2022) em parceria com a artista e pesquisadora Tania Alice, “O Corpo Híbrido do Ator: do treinamento à organicidade para outras possibilidades da cena” (Ed. Giostri/1o edição 2014 e 2o edição 2018), e colaboradora nos livros “Grotowski: Estados Alterados de Consciência” – org. de Joice Aglae (Ed. Giostri) e “Poéticas do Cuidado”- org. Tania Alice  (Editora Multifoco/RJ/2025).

Integrou o Núcleo de Pesquisas Teatrais, dirigido por Cibele Forjaz por sete anos, no qual atuou nos espetáculos premiados “Álbum de Família” e “Galileu Galilei”, ao lado de Renato Borgh, Abraão Faark e Nilda Maria. Atuou e dirigiu mais de 30 espetáculos.

Em 2021, recebeu o Prêmio por Trajetória Artística em Direção Aldir Blanc com o espetáculo “Fim de Festa: Um mergulho para remixar a realidade” (indicado como Melhor Espetáculo em Espaço Alternativo pelo canal de critica “Deus Ateu”).

Ficha Técnica

@companhiadanaoficcao

Direção e Dramaturgismo: Fabiana Monsalú (@fabianamonsalu)

Atuação e Dramaturgia: Beatriz Belintani (@beatrizbelintani)

Preparação Vocal: Gabriela Flores

Cenografia e Vestuário: Fabiana Monsalú e Marcela Matos 

Assistência de Cenografia e Vestuário: Jenn Cardoso

Desenho de Luz: Gabriela Ciancio

Dramaturgia Sonora: Camila Couto

Video Mapping: Sol Fagnello

Operação de Luz: Geovanna Moreira

Operação de Vídeo: GIVVA 

Operação de Som: Lana Scott

Fotos e Vídeos: Camomila Produções

Produção: Corpo Rastreado – Leticia Alves e Jack dos Santos

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Comunicação

Sinopse

No solo, a atriz e dramaturga Beatriz Belintani e a diretora Fabiana Monsalú propõem o formato de uma palestra-performance para falar da tecnologia do corpo lésbica a partir da luta pela sobrevivência das tartarugas marinhas.

Através da tessitura entre fatos reais da história, depoimentos em verbatim e textos de autoras de diferentes territórios Belintani cria um espaço de diálogo entre a realidade de perigo iminente e a aspiração por um futuro utópico, oferecendo um mergulho profundo sobre o tema na contemporaneidade.

Serviço

Meu Corpo em Terra Corre Para o Mar Como Tartaruga Marinha

Temporada:  28, 29 e 30 de março

Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h 

Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos

Ingressos: R$60 (inteira), R$30 (meia-entrada) e R$18 (credencial plena)

Venda online em sescsp.org.br a partir de 18/03

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Capacidade: 291 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Pombo Correio Assessoria de Comunicação 

Douglas Picchetti e Helô Cintra

(11) 9 9814-6911 | (11) 9 9402-8732

Rua Áurea, 232 – Vila Mariana
[email protected] | [email protected]
www.pombocorreio.art.br

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