Cursos curtos e vídeos da internet são as formas preferidas dos brasileiros para se manterem atualizados profissionalmente

Oito em cada dez brasileiros já sentiram que estavam ficando para trás em suas carreiras

(crédito: iStock)

Quando se fala em mercado de trabalho, qual a melhor forma de se manter atualizado? Com a atual competitividade do mercado e a alta qualificação dos candidatos, é cada vez mais importante acompanhar as tendências das áreas de atuação, buscando, sempre que possível, a atualização profissional como forma de garantir o seu espaço.

Desde os métodos mais tradicionais, até os mais inovadores, os brasileiros estão combinando diferentes formas de estudo para estarem atentos às novidades.

Segundo 61% dos entrevistados, a realização de cursos curtos é o modo mais utilizado para se atualizar profissionalmente.

Na sequência, com 60%, aparece o consumo de vídeos educativos na internet.

Os dados são da DataCamp, plataforma de cursos de dados e de inteligência artificial, que realizou um estudo para entender o que os brasileiros fazem para não se sentirem defasados em suas profissões.

Na sequência, também são citados, por 49% dos respondentes, a leitura de artigos e publicações acadêmicas e o acompanhamento de redes sociais de profissionais das áreas de interesse.

Martijn Theuwissen, COO da DataCamp reflete sobre o cenário e a necessidade de se buscar pelas diversas fontes de informação.

“Entendemos e reforçamos a importância da realização dos cursos. Além de trazerem uma bagagem robusta embasada no conhecimento de profissionais especializados, eles são porta de entrada para mais certificações que comprovam suas habilidades essenciais para um bom currículo e para quem quer se manter bem posicionado entre as empresas”.

“No entanto, é essencial que os profissionais busquem outras fontes de conhecimento alternativas para complementar sua experiência. Acompanhar notícias, tendências, e mesmo as trends das redes sociais hoje em dia pode ser tão importante quanto um conhecimento teórico e prático.

É a combinação dos campos para realização de um trabalho que busque sempre estar alinhado com o mercado”, completa.

A necessidade da atualização constante vem, principalmente, do sentimento dos profissionais de estarem sendo deixados para trás em suas carreiras.

Isso porque, oito em cada dez brasileiros já sentiram que estavam ficando para trás em suas profissões.

Neste cenário, essa sensação passa a ser um impulso motivacional para buscar estar em dia com as novidades do mercado.

Além dos métodos, a frequência da busca por formas por essas formas de estudo também é um fator relevante na equação da atualização profissional. E os brasileiros mostraram que estão realmente engajados na melhoria de suas carreiras. 

A maioria dos respondentes da pesquisa investiu em cursos e certificações nos últimos três meses (33%). Outros 25% realizaram buscaram se especializar no último ano, e 21% nos últimos seis meses. Em comparação, os números são positivos, uma vez que apenas 22% não procuraram se atualizar nos últimos doze meses ou realmente nunca investiram em cursos.

“O engajamento e a frequência de estudo dos brasileiros demonstra o desejo de alcançar uma evolução profissional. O interesse pela busca dos cursos de curta duração também está alinhado a esse momento. Em um momento em que todos parecem estar correndo contra o tempo, esse é um método eficiente para se atualizar, desbravar novos campos e se destacar dentro do mercado”, analisa Theuwissen.

“A IA é um dos melhores exemplos do momento: ela já vem demonstrando seu potencial para transformar o mercado de trabalho, podendo transformar algumas profissões, mas também impulsionando a criação de novas oportunidades para quem acompanha essa evolução. O essencial agora é aprender a usá-la a seu favor, e investir em cursos na área pode fazer toda a diferença”, conclui ele.

Metodologia

Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 18 anos e de todas as classes sociais.

Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online.

Data de coleta: realizada no dia 14 de fevereiro de 2025.

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