Commodities: Seca no Brasil ameaça safra de milho e pressiona mercado

A falta de chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil tem reduzido a umidade do solo, exigindo um monitoramento constante da safra de milho segunda safra.

Segundo a Earth Daily Agro, empresa especializada em monitoramento agrícola via satélite, a precipitação acumulada desde fevereiro atingiu o menor nível em 30 anos.

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Embora o calor intenso não tenha afetado diretamente o milho, a alta evapotranspiração tem intensificado a seca no solo, especialmente no Centro-Sul do Brasil, de acordo com Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities. Veja a análise:

Nos últimos 10 dias, os volumes de chuva variaram entre 0 e 20 mm na maior parte do país. Em Mato Grosso, os acumulados ficaram entre 15 e 100 mm, abaixo da média histórica.

Os modelos meteorológicos ainda divergem sobre as previsões de chuva para os próximos dias. Caso o período seco se estenda até o fim de abril, há risco de comprometimento do potencial produtivo da safra.

Reflexos no mercado de commodities

O cenário climático tem pressionado os preços do milho. Apesar de tentativas de recuperação, o mercado não conseguiu manter os ganhos, e o preço do grão caiu. Além das condições climáticas, fatores externos também influenciam o mercado, como as incertezas geradas por políticas comerciais dos Estados Unidos.

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Petróleo e dólar no radar dos investidores

O petróleo voltou a subir e superou a marca de US$ 70 por barril. A alta é impulsionada por tensões geopolíticas, especialmente envolvendo a Rússia e a Ucrânia. Caso sanções sejam aplicadas ao petróleo russo, os preços podem subir ainda mais.

Já o dólar comercial recuou 1,22%, sendo cotado a R$ 5,74. A queda do dólar impulsionou a soja, que registrou alta, anulando parte das perdas recentes.

Perspectivas para a colheita

A colheita de soja no Rio Grande do Sul atingiu 5% da área total, enquanto a colheita do milho chegou a 69%. A oferta interna de milho segue pressionada, com preços variando conforme a demanda e a influência de importações.

O milho argentino, por exemplo, chega a Santa Catarina por cerca de R$ 93 a saca, já considerando custos logísticos.

Boi gordo e café em foco

A volatilidade do boi gordo entre as commodities também foi destaque. A especulação sobre possíveis restrições da China à carne dos Estados Unidos gerou oscilações nos preços, mas a falta de confirmação oficial trouxe incerteza aos investidores.

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Já o café enfrentou uma correção após altas recentes. Com os preços elevados, as vendas diminuíram, resultando em um recuo no valor da commodity. O mercado agora observa se a retração será temporária ou indicará uma tendência mais duradoura.

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