O dólar fechou esta segunda-feira (10) em alta de 1,07%, a R$ 5,85, refletindo a piora do sentimento global de risco. O avanço foi impulsionado pela aversão ao risco nos mercados internacionais, diante de incertezas sobre a política econômica dos Estados Unidos.
A política tarifária adotada pelo governo de Donald Trump tem gerado preocupações sobre uma possível desaceleração econômica nos EUA. O presidente americano evitou falar sobre uma recessão iminente, afirmando que o país passará por um “período de transição” com as medidas em vigor.
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Em entrevista ao Estadão Broadcast, a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, destaca que a alta do dólar acompanhou o movimento das moedas emergentes.
“O dólar chegou a cair pela manhã, mas se fortaleceu à tarde com o aumento da incerteza sobre as tarifas e seus impactos na economia”, afirma.
Impacto no mercado financeiro
Os mercados acionários em Nova York também refletiram esse cenário negativo. O índice Nasdaq chegou a cair mais de 4% durante a tarde, enquanto os rendimentos dos Treasuries de curto prazo recuaram mais de 10 pontos-base.
O cenário de menor crescimento nos EUA também impacta os preços das commodities, pressionando moedas emergentes como o real. O petróleo caiu mais de 1,5% no dia e já acumula desvalorização superior a 5% em março.
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Mercado monitora inflação nos EUA
Os investidores agora aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro, prevista para quarta-feira (12). O dado será fundamental para calibrar as expectativas sobre os cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
Atualmente, o mercado projeta uma redução acumulada de 75 pontos-base na taxa de juros americana ao longo de 2024, com início esperado para maio ou junho.
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