O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão de sexta-feira (7) em alta de 1,36%, atingindo 125.034,63 pontos e um volume financeiro foi de R$ 20,6 bilhões. A alta do índice foi impulsionada pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos (payroll) abaixo do esperado. Como consequência, os números divulgados tornaram os ativos brasileiros mais atrativos e reforçaram a possibilidade de um corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed).
O desempenho das blue chips, ações de maior peso no Ibovespa, também motivaram o Ibovespa. A Vale subiu 1,46%, enquanto a Petrobras registrou alta de 1,22% (ON) e 1,08% (PN). Destaque também no setor financeiro, com Santander Unit foi em alta de 2,45%.
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No mercado internacional, os mercados globais seguem sob tensão com as contínuas tarifas protecionistas de Trump, que ameaça impor tarifa de 250% sobre os produtos lácteos do Canadá, que também levou um tarifaço da China no fim de semana.
Com os últimos resultados do mercado de trabalho e sinais da economia, o presidente norte-americano também não descarta uma recessão nos Estados Unidos.
No contexto geopolítico, o cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia segue em foco. Zelensky se reúne hoje com representantes dos EUA, na Arábia Saudita, e Putin pede acordo de paz “definitivo”.
No Brasil, o governo tenta evitar a taxação sobre o aço, prevista para entrar em vigor nesta quarta-feira (12); enquanto o mercado acompanha de perto as últimas decisões sobre a isenção de impostos sobre importações para frear a alta dos alimentos como parte da política de Lula para recuperar sua popularidade.
Entre os indicadores econômicos importantes, nesta semana há expectativa para a divulgação do IPCA, além de dados da indústria, comércio e serviços, que testam as chances de um ciclo mais curto de alta da Selic, após a desaceleração do PIB.
A partir de hoje, o fechamento do mercado à vista na B3, que era realizado às 17h55, passará a ocorrer às 17h, com after market entre 17h30 e 18h. Já o horário de abertura das negociações se mantém às 10h. A mudança acompanha o fim do horário de verão dos EUA, que adiantará em 1 hora o fechamento dos pregões.
Em meio às oscilações do mercado externo e expectativas de dados econômicos no Brasil, o dólar abriu em alta de 0,07%, a R$ 5,79 e depois registrou nova máxima, a R$ 5,80, após avançar 0,26%, enquanto o dólar futuro avança 0,06%, a R$ 5,81. Os juros futuros abriram em queda, assim como o Ibovespa futuro, que recua 0,58%, aos 125.965 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Guerra tarifária pode abrir oportunidades ao Brasil (Valor)
- Com renda mais próxima das vagas com carteira, informalidade se mantém em alta (Globo)
- Publicidade sob Lula avança e pode alcançar R$ 3,5 bi em contratos (Folha)
- Empresas brasileiras enfrentam dívida alta e dificuldade de caixa (Estadão)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda diante das preocupações tarifárias e da cautela do mercado com sobre os gastos com defesa. Os ministros das finanças discutem novos empréstimos conjuntos, fundos existentes da União Europeia (UE) e um papel maior para o Banco Europeu de Investimento.
Na semana passada, os líderes alemães concordaram em revisar as regras de empréstimos estatais para aumentar os gastos com defesa e reservar 500 bilhões de euros para infraestrutura em 10 anos.
Na Ásia, os índices encerraram a primeira sessão da semana sem direção única, diante das tensões com as tarifas dos EUA e investidores avaliando as falas diárias de Trump, que têm gerado volatilidade nos mercados globais.
Na China, o último dado de inflação doméstica, com preços em queda anual de 0,7%, maior do que se previa, reverteu a alta de 0,5% registrada em janeiro.
No sentido oposto, no Japão, o índice Nikkei encerrou em alta com os juros 10 anos no maior patamar desde outro de 2008, com alta de 5,5 pontos base, a 1,575%.
Em Nova York, os índices futuros e o rendimento (yield) dos Treasuries recuam, em continuidade às baixas vistas na última semana, assim como o S&P 500, que acumulou queda de 3,1%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -1,1%
• STOXX 600 -0,7%
• FTSE 100 -0,4%
• Nikkei 225 +0,4%
• Shanghai SE Comp. -0,2%
• MSCI EM -1,1%
• Dollar Index -0,1%
• Yield 10 anos -5,8bps a 4,2436%
• Bitcoin -1,5% a US$ 81865,06
Commodities
- Petróleo: segue em alta, enquanto as incertezas tarifárias mantêm os investidores apreensivos. O Brent/abril sobe 0,26%, a US$ 70,54 e o WTI/março avança 0,24%, a US$ 67,20.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,71% em Dalian, na China, cotado a US$ 105,91/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,60%, cotados a US$ 99,85/ton e o mercado à vista cai 0,28%, cotado a US$ 101,00/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o presidente dos EUA, Donald Trump, se recusou a descartar a possibilidade de a economia dos EUA entrar em recessão este ano.
Na agenda do dia, destaque para o PIB do Japão, às 20h50. Para amanhã (11) o mercado aguarda pelo relatório Jolts de empregos em janeiro, na quarta-feira (12) tem inflação ao consumidor (CPI) dos EUA de fevereiro, na quinta-feira (13) tem PPI de fevereiro e, na sexta-feira (14), PIB do Reino Unido.
No Canadá, o Partido Liberal elegeu Mark Carney como novo primeiro-ministro, no lugar de Justin Trudeau.
Cenário nacional
No Brasil, destaque para o tradicional Boletim Focus, que segue elevando as projeções para a inflação, apesar da cautela do mercado.
Na agenda da semana, amanhã (11), destaque para os dados da produção industrial de janeiro. Na quarta-feira (12) sai o IPCA de janeiro, na quinta-feira (13) tem volume de serviços e, na sexta-feira (14), vendas no varejo de janeiro.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula participa às 15h de cerimônia de posses de Alexandre Padilha e Gleisi Hoffmann em ministérios. O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Júlio Arcoverde, marcou para 19 de março a votação do projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.
Nesta semana, retorna a temporada de resultados do 4º trimestre e para hoje estão previstos os resultados da Direcional, Pague Menos e Track & Field. Ao longo da semana, sairão os números da Prio, Azzas 2154, CSN Mineração, CSN, Grupo Casas Bahia, Natura, Magazine Luiza, Eletrobras, entre outros.
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Destaques no mercado corporativo
- Carrefour Brasil: convocou assembleia para o dia 7 de abril para debater proposta e fechamento de capital.
- Wilson Sons: teve alta de 22,6% na movimentação de contêineres em fevereiro, em base anual.
- Petrobras: encerrou projeto de venda de ativos de distribuição e comercialização na Colômbia.
- BTG Pactual: Comprou ações do Banco Nacional e seguirá com OPA para fechar o capital.
- Vale: Concorrentes expandem no Brasil (Rio Tinto busca lítio, níquel e cobre).
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