Trump suspende ajuda militar à Ucrânia após bate boca com Zelensky


Trump e Zelensky batem boca na Casa Branca
Brian Snyder/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu nesta segunda-feira (3) toda a ajuda militar à Ucrânia após seu bate boca com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na semana passada.
“O presidente deixou claro que está focado na paz. Precisamos que nossos parceiros também estejam comprometidos com esse objetivo. Estamos pausando e revisando nossa ajuda para garantir que ela esteja contribuindo para uma solução”, disse o funcionário à agência Reuters.
O gabinete de Zelensky não respondeu imediatamente a um pedido de comentário fora do horário comercial.
A medida ocorre após Trump reverter a política dos EUA sobre a Ucrânia e a Rússia ao assumir o cargo em janeiro, adotando uma postura mais conciliatória em relação a Moscou — e após um confronto explosivo com Zelensky na Casa Branca na sexta-feira, no qual Trump o criticou por não ser suficientemente grato pelo apoio de Washington na guerra com a Rússia.
Na segunda-feira, Trump novamente disse que Zelensky deveria ser mais agradecido pelo apoio americano, após responder com raiva a um relatório da Associated Press que citava Zelensky dizendo que o fim da guerra está “muito, muito distante”.
“Esta é a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelensky, e a América não vai tolerar isso por muito mais tempo!” Trump escreveu no Truth Social, usando uma grafia alternativa do nome do líder ucraniano.
Mas Trump também sugeriu na segunda-feira que um acordo para abrir os minerais da Ucrânia para investimentos dos EUA ainda poderia ser fechado, apesar de sua frustração com Kyiv, enquanto líderes europeus apresentavam propostas para uma trégua na guerra da Rússia com seu vizinho.
A administração Trump vê um acordo de minerais como uma forma de os EUA recuperarem parte dos dezenas de bilhões de dólares que deram à Ucrânia em ajuda financeira e militar desde que a Rússia invadiu há três anos.
Quando questionado na segunda-feira se o acordo estava morto, Trump disse na Casa Branca: “Não, eu não acho.”
Trump descreveu isso como um “grande negócio para nós” e disse que daria uma atualização sobre a situação na noite de terça-feira, quando se dirigisse a uma sessão conjunta do Congresso.
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