Treinador destacou pontos positivos do Leão na partida, mas ressaltou que houve precipitação em momentos de gols perdidos
O Sport venceu o Decisão por 3 x 0 neste domingo (2) e, ao ver o placar, pode-se pensar que foi um jogo tranquilo. Mas o próprio Leão se complicou no jogo, sofrendo para abrir o placar com as várias chances perdidas ao longo da partida. O primeiro gol saiu apenas aos 26 do segundo tempo e, daí em diante, o Rubro-negro conseguiu construir a vitória.
Porém, todas esssas chances perdidas deveriam ter sido diferentes se o time tivesse mais tranquilidade, como cobrou o técnico Pepa. O comandante português afirmou que o Sport conseguiu ter um volume de jogo enorme, mas faltou pontaria no ataque e isso deveria ter sido melhor aproveitado nas quartas de final do Campeonato Pernambucano Betnacional.
Ele também disse que há uma cobrança interna para que os resultados venham com melhor aproveitamento do ataque para que o Sport não passe por momentos como esse, de ansiedade por conta dos gols perdidos.
“A cobrança é interna. Temos que estar sempre insatisfeitos por natureza, querendo mais. Tivemos 35 arremates, oportunidades claras de gol desde os primeiros cinco minutos e sendo mais eficazes no último terço, tendo a cabeça fria de não permitir transições. Não é fácil estar os 90 minutos contra uma equipe em bloco baixo à espera de uma bola. É impossível controlar o jogo todo nos 90 minutos. Agora, essa cobrança é minha, dos jogadores, do staff, de todos nós”, iniciou.
“Queremos sempre mais e somos insaciáveis nesse aspecto. A torcida também quer sempre mais. Hoje foi desolador não ter o calor da nossa torcida, porque estar com mais ou menos cobrança, eles ajudam, empurram e fizeram muita falta. Mas tenho certeza que em três dias estarão conosco (contra o CRB) e depois no sábado contra o Santa Cruz, com o estádio cheio, para buscar o que tanto queremos, que é o tri (do Campeonato Pernambucano)”, disse Pepa.
Foto: Paulo Paiva/SCR
Precipitação do Sport custou, apesar do grande volume de chances
Pepa também avaliou que não vê necessariamente como sofrimento toda essa demora do Sport para marcar o gol, em meio às diversas oportunidades desperdiçadas. Mas ele destacou que é preciso maior frieza para não perder a cabeça quando a pontaria não está boa. O aspecto mental pesa e o Leão pode ser melhor nesses momentos.
“Não diria tanto que é sofrimento, porque o jogo tem 90 minutos e temos que ter essa consciência. Pode estar 1×0 aos cinco minutos ou aos 88 minutos. Mas claro, não é isso que queremos pelo domínio e quantidade de oportunidade que tivemos. É crescer em cima disso, não perder a cabeça, perceber que o tempo perdido que acontece, temos que ter essa capacidade de lidar com esses momentos”, contou o técnico do Sport.
“Vínhamos de uma situação muito dolorosa para todos nós e queríamos ir rápido para dentro de campo. Mas temos que não cometer erros de precipitação. Às vezes os jogos parecem ser decididos sobre fazermos gol ou não, porque em termos de volume, continuamos a ter muito. Agora é trabalho, o que nós mais acreditamos aqui dentro, e discernimento, uma capacidade de demorar um pouco mais e decidir melhor, ter mais tranquilidade no último terço em situações em que estávamos completamente sozinhos”, avaliou o comandante.
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