O presidente da Abrasel no MS, João Francisco Fornari Denardi, destacou a relevância dos dados apresentados pela pesquisa.
“Ter o recorte de Mato Grosso do Sul na pesquisa da Abrasel é de muita relevância para avaliarmos o cenário do nosso estado em comparação com a média nacional e ter um olhar diferenciado para o nosso setor. Entendemos a importância e a necessidade desses dados para a construção do setor e para o desenvolvimento regional”.
A pesquisa da Abrasel foi realizada com empresários do setor entre os dias 10 e 18 de fevereiro, em todo o País e apurou que o Carnaval deste ano promete ser positivo para o setor de bares e restaurantes, com 69% dos empresários projetando aumento no faturamento em relação ao ano passado.
Dados de MS
Entre os empresários sul-mato-grossenses que responderam à pesquisa, 76% não pretendem contratar temporários para o carnaval, um percentual de dez pontos acima da média nacional, onde 66% afirmaram que não irão contratar os temporários.
Em MS, mesmo com a projeção de aumento no faturamento no período, apenas 12% pretendem fazer ou já fizeram as contratações. Sete por cento ainda não decidiram e 5% não vão operar durante as festividades.
Além da baixa intenção de contratação temporária para o Carnaval, os empresários também demonstram cautela em relação ao primeiro semestre de 2025.
Segundo a pesquisa, em MS 58% das empresas pretendem manter o quadro de empregados atual. Já a média nacional é maior, pois a pesquisa apurou que 65% pretendem manter o quadro atual de empregados até junho.
23% dos empresários sul-mato-grossenses esperam contratar mais empregados e 19% acreditam que irão reduzir o quadro de funcionários.
Em nível nacional, a expectativa é menor, apenas 19% preveem aumento na equipe e 16% consideram reduzi-la.
No que tange à situação financeira, MS segue a tendência nacional, repetindo o percentual de 25% dos empresários que informaram que operaram em prejuízo, no primeiro mês do ano. Em relação aos que afirmaram que tiveram lucro, em MS são 37% contra 36% de média nacional e outros 37% ficaram na estabilidade, contra 38%.
Outro desafio enfrentado pelo setor é o reajuste de preços do cardápio. Com o aumento nos custos operacionais, 32% das empresas relatam que não estão conseguindo repassar os valores ao consumidor, em MS 33% não conseguiram aumentar os preços.
Outros 36% dos empresários brasileiros conseguiram reajustar os preços apenas para acompanhar a inflação, enquanto 23% os aumentaram abaixo desse índice.
No MS, a situação é um pouco diferente, 60% dos empresários sul-mato-grossenses realizaram reajustes conforme ou abaixo da inflação e 7% reajustaram acima da inflação.
Fornari finalizou pedindo o envolvimento dos associados para o chamamento das pesquisas.
“Os números refletem o nosso cenário e a situação dos empresários sul-mato-grossenses, por isso, conseguir um recorte para o nosso estado é muito importante, pois a informação, os dados, vão sempre contribuir para a criação de estratégias para o crescimento e desenvolvimento do nosso setor, em nossa região. Então contamos com os empresários, associados ou não, para responder à Pesquisa Abrasel no próximo mês”.
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