O mercado de commodities registrou forte oscilação nesta sexta-feira (28) de Carnaval, com queda nos preços da soja, milho e petróleo, influenciada por fatores internos e externos.
A valorização do dólar frente ao real impactou as exportações brasileiras, enquanto tensões geopolíticas e decisões governamentais trouxeram incertezas ao mercado.
Segundo a análise de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, os estudos do governo brasileiro para zerar os impostos de importações sobre uma série de produtos, como os óleos vegetais, também influenciaram nos preços. Veja a análise na íntegra abaixo:
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Alta do dólar gera queda na soja e milho
A soja e o milho recuaram 1,1% e 2,5% em Chicago, respectivamente, diante da alta do dólar, que fechou a R$ 5,91, tornando as exportações brasileiras mais competitivas.
Com o avanço da colheita de soja no Mato Grosso, que atingiu 82,3% da área plantada, o aumento da oferta também contribuiu para a desvalorização dos grãos. No milho, a safrinha alcançou 84,95% da área plantada, dentro do prazo esperado, mas ainda com riscos climáticos.
Tensão EUA-Ucrânia e efeitos no petróleo
O preço do petróleo também registrou queda, com o contrato Brent para maio negociado a US$ 72,78 o barril — uma queda de 1,03% — refletindo incertezas geradas por um bate-boca entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca.
O impasse envolveu um acordo de minerais entre os dois países e preocupa o mercado de energia, uma vez que a Ucrânia é um ponto estratégico na geopolítica global.
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Volatilidade no café
O mercado de café registrou volatilidade, com oscilações abruptas ao longo do pregão. Após disparar, o preço recuou novamente, pressionado por ajustes técnicos e fechou em alta de 0,16%, aos US$ 379,35, na Bolsa de Chicago.
Gioielli afirmou durante sua análise que espera uma definição mais clara dos preços após a liquidação dos contratos de março, o que pode estabilizar as cotações nos próximos dias.
Perspectivas para a próxima semana
Com o feriado de Carnaval, os mercados voltam à normalidade apenas na quarta-feira (5) à tarde, com retomada dos volumes na quinta e sexta-feira.
A expectativa é de ajustes nos preços das commodities, dependendo dos desdobramentos da política monetária nos Estados Unidos, das condições climáticas no Brasil e da evolução da crise entre EUA e Ucrânia.
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