Aliados apontam PL com vantagem para 2026, mas fazem ressalvas

Aliados do deputado federal André Fernandes (PL) ouvidos pelo O Estado nessa quarta-feira (26) defenderam a reivindicação feita por ele para que seu partido, o PL, tenha protagonismo no grupo da oposição nas eleições de 2026, podendo ter candidatura própria ao Governo do Estado, como cabeça de chapa, e ao Senado Federal. No entanto, há ressalvas, principalmente vindas do União Brasil e do PDT. André, junto com Capitão Wagner (União Brasil) e Roberto Cláudio (PDT) lideram uma mobilização pela unidade na oposição no estado, já ensaiando uma aliança para a próxima disputa eleitoral.
Apesar de os dois últimos evitarem falar sobre nomes ou partidos para candidaturas, André já declarou à imprensa que o PL não deve abrir mão desse protagonismo.

“A gente entende que o PL, pela envergadura, por ter o maior tempo de TV, por ter uma bancada forte, tem todo o direito de reivindicar a cabeça de chapa, como tem o direito de reivindicar vaga de senado etc”, disse o Capitão Wagner. Porém, o ex-deputado também falou que essa discussão deve ser feita internamente com a oposição e defendeu unidade.

“É muito cedo ainda. A gente está a mais de um ano do início do processo eleitoral, tem muito tempo para discutir isso e a gente vai fazer no momento oportuno. Eu espero a união da oposição, que a gente possa apresentar um caminho alternativo e vencer a eleição do ano que vem aqui no estado do Ceará”.
Capitão ainda criticou uma suposta “hegemonia” do PL, o que poderia prejudicar essa união na oposição: “Se o PL quiser ocupar todas as vagas – a de governador, a vice, as duas vagas de senador – fica difícil ter qualquer composição com outro partido e fica muito claro que o objeto aí é partidário e não o Estado do Ceará. A gente já está discutindo a hegemonia do PT e a possibilidade de outra hegemonia partidária não faz nem sentido, é incoerente para a gente”.

Do PDT e aliado próximo do ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado estadual Antônio Henrique disse ser “natural” que os partidos possam querer reivindicar candidaturas na eleição e reconheceu André Fernandes como o nome “mais forte” na oposição no estado. “Posso até dizer que, nessa atual conjuntura, a liderança mais forte que eu poderia citar (da oposição no estado) seria o próprio André Fernandes. Por quê? Porque foi quem disputou a eleição para prefeito, foi quem ‘bateu na trave’, e quase foi eleito”.
No entanto, Henrique destacou que o próprio André ainda não pode ser candidato a governador, vice-governador nem a senador porque não possui a idade mínima para esses cargos. A restrição abriria espaço para RC ou Capitão serem os favoritos para a disputa nesses cargos na oposição do Ceará. Porém, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita no Congresso Nacional pode reduzir as idades mínimas e mudar esse cenário.

O pedetista também falou que as três lideranças devem discutir as candidaturas em conjunto para 2026 no momento certo e pregou unidade.
Do PL e pai de André, o deputado estadual Alcides Fernandes disse que o filho assumiu a liderança da direita no estado e reforçou o protagonismo do PL: “Como o PL é o maior partido, é o partido do nosso presidente…o pensamento nosso é este, de a a gente ter candidato ao Governo e ao Senado”. No entanto, Alcides ressaltou que esse alinhamento na oposição ainda é “embrionário”, devendo a discussão sobre 2026 ser aprofundada ainda no futuro.
(Por Igor Magalhães)

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