A Renner presta esclarecimentos sobre seu programa de participação nos resultados (PPR), que recentemente virou tema de debate no mercado financeiro. Após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024, investidores começaram a questionar o impacto do pagamento dos bônus na margem de lucro da empresa. A companhia, no entanto, reforçou que o programa segue critérios predefinidos e que os valores só são pagos quando metas mínimas de lucro antes de juros e impostos (EBIT) são atingidas.
O tema gerou repercussão, especialmente porque a Renner registrou um pagamento total de R$ 150,7 milhões em bônus, distribuídos entre cerca de 21 mil funcionários da companhia. Enquanto alguns analistas interpretaram o pagamento como um fator de pressão sobre as margens da empresa, a Renner reforçou que a política de remuneração variável faz parte de sua estratégia para motivar colaboradores e garantir bons resultados operacionais.
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Como funciona o programa PPR da Renner?
O Programa de Participação nos Resultados (PPR) é uma política adotada por diversas empresas para premiar colaboradores com base no desempenho financeiro e operacional. No caso da Renner (LREN3), o pagamento desse bônus ocorre anualmente e segue critérios rígidos para ser ativado.
Segundo a empresa, o programa segue as seguintes regras:
- O pagamento só acontece se a meta mínima de EBIT for atingida no ano;
- O cálculo do bônus é feito com base nos resultados anuais, e não trimestrais;
- Os valores são recomendados pelo Comitê de Pessoas e Nomeação e aprovados pelo Conselho de Administração;
- Administradores da empresa não são elegíveis ao PPR.
Ou seja, ao contrário do que algumas análises iniciais sugeriram, os pagamentos do PPR não são decisões isoladas nem ocorrem de maneira arbitrária. Eles são condicionados a um desempenho financeiro positivo e buscam alinhar os interesses da empresa com os de seus colaboradores.
Impacto do PPR nos resultados da Renner
A divulgação do pagamento do PPR gerou repercussão entre investidores porque, na leitura de parte do mercado, o valor distribuído em bônus pressionou a margem EBITDA da empresa. Esse tipo de preocupação ocorre porque, ao elevar as despesas com remuneração variável, a Renner poderia estar reduzindo sua eficiência operacional.
Após a publicação dos resultados do quarto trimestre de 2024, as ações da Renner chegaram a registrar queda de 0,17%, sendo cotadas a R$ 11,77 por volta das 12h52 (horário de Brasília).
No entanto, a Renner reforçou que, mesmo com o pagamento do PPR, seus resultados financeiros foram sólidos. A companhia destacou que:
- O lucro líquido cresceu 23% em relação a 2023, já descontados os valores do PPR;
- O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) avançou 26% no mesmo período;
- A geração de caixa foi recorde, atingindo R$ 1,5 bilhão, um crescimento de 40% em relação ao ano anterior.
Esses números indicam que, apesar da percepção inicial de parte dos investidores, o impacto do pagamento do PPR não comprometeu o crescimento da empresa.
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Renner distribuiu R$ 634 milhões em dividendos
Além de prestar esclarecimentos sobre o bônus, a Renner também ressaltou sua política de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Em 2024, a empresa distribuiu um total de R$ 634 milhões a seus acionistas, o que representa 53% do lucro líquido do período.
A companhia também enfatizou que, apesar dos questionamentos sobre o impacto do PPR, a remuneração variável dos administradores foi 11% inferior ao valor aprovado na Assembleia Geral Ordinária de abril de 2024. Esse ponto foi levantado para demonstrar que a política de pagamento de bônus não compromete a rentabilidade da empresa para seus acionistas.
Renner presta esclarecimentos
Diante da repercussão negativa gerada pela leitura inicial do balanço, a Renner se manifestou para reforçar que o PPR faz parte de um modelo de gestão voltado para a valorização dos funcionários. A empresa acredita que esse modelo ajuda a garantir o crescimento sustentável da companhia no longo prazo.
Em nota oficial, a empresa declarou:
“O PPR é um modelo estruturado de incentivos que premia esforços coletivos para alcançar metas previamente estabelecidas e aprovadas pelo Conselho de Administração. Esse modelo de participação reforça a cultura de engajamento dos colaboradores e impacta positivamente a performance da empresa.”
A Renner também enfatizou que os valores pagos aos colaboradores são proporcionalmente menores do que os repassados aos acionistas, o que demonstra o equilíbrio entre a valorização da equipe e a geração de valor para os investidores.
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O que esperar da Renner em 2025?
Olhando para o futuro, a Renner segue focada em manter sua trajetória de crescimento. A empresa ainda enfrenta desafios no setor varejista, que sofreu oscilações ao longo de 2024, mas seus números demonstram um desempenho positivo, mesmo diante das críticas.
A política de remuneração variável, incluindo o PPR, seguirá sendo monitorada de perto por investidores. No entanto, a tendência é que o mercado se adapte ao modelo adotado pela Renner, desde que a empresa continue entregando crescimento sustentável.
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