
A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de reduzir a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) segue não sendo cumprida. Uma reportagem do portal Poder360 mostra que, em novembro de 2024, o número de requerimentos de benefícios pendentes de análise era de 1.985.090 — um número que se aproxima do recorde do governo de Jair Bolsonaro (PL), que registrou 2.032.099 pendências em janeiro de 2020.
Embora no primeiro semestre de 2024 a fila tenha registrado uma queda de 12,4%, a situação se agravou a partir de julho, quando a greve dos funcionários do INSS contribuiu para o aumento nos requerimentos pendentes. Desde o início do governo Lula, a fila de espera cresceu 82,5%.
Em dezembro de 2022, após sua vitória eleitoral, Lula atribuiu a situação à falta de recursos e ao “desmonte” do INSS durante o governo Bolsonaro. No entanto, as promessas feitas desde o início de seu governo ainda não se concretizaram, como exemplificado em declarações que prometiam a resolução da fila.
Em janeiro de 2023, Lula garantiu em discurso no Congresso que sua gestão “acabara com a vergonhosa fila do INSS”. Já em abril de 2023, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, admitiu a complexidade do problema, destacando que, dos 1,8 milhão de benefícios pendentes, 1 milhão aguardavam perícia médica, um dos pontos críticos do processo.
Em julho de 2023, Lula voltou a cobrar explicações sobre o tamanho da fila e indicou que faltavam recursos, funcionários ou competência para lidar com o problema. O ministro Lupi, por sua vez, afirmou em outubro que esperava alcançar um “outro patamar” para melhorar os serviços em 2024.
A situação é um dos principais problemas da gestão petista,. Em janeiro de 2024, Lupi afirmou que, embora a fila não fosse zerada, o prazo médio de concessão de benefícios seria reduzido para 45 dias até dezembro.