Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte, e outros 25 municípios cearenses, além das cidades de Teresina (PI), Mossoró (RN) e Itajaí (SC), participaram de mega operação responsável pelo comprimento de 173 mandados de prisão. A chamada Operação Heresia, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/CE), aconteceu na última segunda-feira (24), com objetivo de cumprir mandados de prisão contra investigados envolvidos no grupo criminoso Guardiões do Estado (GDE) de atuação interestadual.
Dos 173 mandados de prisão cumpridos, 74 foram realizados dentro de unidades prisionais no Ceará, onde os suspeitos já se encontravam detidos. Outros 99 mandados foram executados contra indivíduos que estavam foragidos. Além disso, um suspeito foi preso em flagrante por tráfico de drogas durante as diligências. A operação também resultou na execução de 216 mandados de busca e apreensão, que contribuíram para a coleta de provas e a desarticulação das atividades criminosas. Apesar do foco principal ser no Ceará, houveram capturas também em outros estados. Em Teresina, no Piaui, dois indivíduos foram presos: uma mulher de 29 anos e um homem de 20 anos. Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, um homem de 51 anos foi detido. Já em Itajaí, Santa Catarina, um homem de 22 anos também foi preso.
A operação foi resultado de investigações conduzidas pela Ficco/CE, que monitorou as atividades de organizações criminosas e analisou dados obtidos por meio de ações de inteligência. Com base nessas informações, foram identificados alvos prioritários e estruturadas ações coordenadas para neutralizar suas atividades ilícitas. Para o cumprimento da operação, foi realizada uma força tarefa entre forças de segurança estaduais e federais, que usaram artifícios como reconhecimento facial para identificação de integrantes do GDE e a facilitação das prisões. O delegado da Ficco, Paulo Renato, detalha como as forças de segurança usaram a tecnologia no auxílio à operação que conseguiu identificar também quais crimes os alvos da operação haviam cometido.
“Nós chegamos até a identificação dessas pessoas através do uso de tecnologia, sobretudo o reconhecimento facial, e outras formas de acesso dessas pessoas à organização criminosa. Foram utilizadas técnicas de investigação que confirmaram que essas pessoas não só faziam parte da organização criminosa, mas, de fato, praticaram crimes durante a estadia deles na organização criminosa. Então nós temos pessoas com passagem por roubo, tráfico de drogas e até por homicídios”.
O delegado detalha ainda que as forças de segurança esperam que, após a deflagração dessa operação, o grupo criminoso que foi alvo enfraqueça sua atuação. “O impacto vai ser muito importante porque essas pessoas cumprem ordens para a organização criminosa. Então desde o armazenamento de algum material, até a prática de um homicídio, até o levantamento financeiro, todas essas pessoas têm esse papel bem definido para ser uma mão para aqueles que estão no topo da organização criminosa”, explica Paulo Renato.
A ação contou com o efetivo de 1.110 agentes de segurança e a mobilização de 243 viaturas. A saída das equipes a campo, no início da operação foi acompanhada por autoridades como Roberto Sá, titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE); José Antônio Franco, superintendente regional da Polícia Federal (PF) no Ceará; Álvaro Maciel, secretário-executivo de planejamento e gestão interna da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP); Sinval Sampaio, coronel comandante-geral da Polícia Militar do Ceará (PMCE); e Márcio Gutiérrez, delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
José Antônio Franco, superintendente regional da PF ressalta que a operação foi possibilitada pela ação em conjunto e ressalta que as forças de segurança devem continuar não só com essa operação, mas seguirão na luta contra as organizações criminosas. “Recebemos aportes financeiros, estruturais e de recursos humanos, fruto dessa parceria tão bem integrada. O trabalho continua, com foco em capturar os foragidos que não foram presos hoje”, declarou.
Por Hyago Felix
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