O Departamento Jurídico do Vozão informou que vai recorrer da decisão
Nesta quinta-feira (21), o Ceará foi condenado a pagar R$ 2,7 milhões ao zagueiro Lucas Ribeiro por direitos trabalhistas. O diretor jurídico do clube, Fred Bandeira, informou que vai recorrer da decisão.
A ação correu na 16ª Vaga do Trabalho de Fortaleza e foi referente a salários atrasados, 13º salário, FGTS não depositados, férias, dentre outros direitos.
“O atleta ficou 27 meses sem receber o auxílio moradia, previsto em contrato. Também não recebeu os últimos três meses de salários e direito de imagem, 13º salários, férias, FGTS, além das verbas rescisórias que não foram pagas. Também foi feito um acordo para pagamento da indenização pela rescisão antecipada do contrato e não foi pago”, disse Filipe Rino, advogado do atleta.
Foto: Felipe Santos/Ceará SC
Em 2022, Lucas sofreu uma lesão de ligamento cruzado anterior no joelho e precisou renovar o vínculo com o Ceará para conseguir fazer o tratamento completo no Departamento Médico. O advogado explicou que o clube não contratou o seguro, que é previsto na Lei Pelé e na Lei Geral do Esporte, para o atleta.
“Tanto a Lei Pelé quanto a Lei Geral do Esporte obrigam os clubes a contratar o seguro e, caso o atleta sofra uma grave lesão, esse seguro é acionado e o atleta é indenizado. Ocorre que o clube não contratou o Seguro, e por isso foi condenado a indenizar substitutivamente o atleta. Cabe esclarecer que na audiência propusemos acordo de 1,5 mi, sendo que o clube ofertou apenas 300 mil. Nosso sentimento é de justiça”, explicou o advogado.
O zagueiro foi contratado pelo Ceará em 2022, sob empréstimo junto ao TSG Hoffenheim. Ele permaneceu no clube até o início do ano passado, quando foi vendido para o Goiás em uma saída de comum acordo.
Lucas não conseguiu se firmar como titular durante quase dois anos e meio no clube. Foram 32 jogos e 1 gol marcado.
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