A taxa anual de desemprego do Brasil fechou 2024 em 6,6%, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023, quando estava em 7,8%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego caiu em todas as regiões do país e em 22 das 27 unidades da federação em 2024, sendo que as maiores taxas foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e no Distrito Federal (9,6%), enquanto as menores vieram de Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).
“Os resultados da queda da taxa de desocupação nos estados refletem a diversificação da expansão da ocupação ocorrida em diversas atividades econômicas, como comércio, indústria, transporte e logística e construção ao longo de 2024”, destaca a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Queda do desemprego no 4º trimestre
No último trimestre do ano, a taxa de desemprego caiu de 6,4% para 6,2%, sendo que a Região Sul foi a única com redução estatisticamente significativa, passando de 4,1% para 3,6%. As demais regiões mantiveram estabilidade, enquanto o Nordeste registrou a maior taxa de desocupação (8,6%).
No recorte estadual, as maiores taxas de desemprego no 4º trimestre foram observadas em Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%). Já os menores índices foram registrados em Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%).
Informalidade e carteira assinada
A taxa média de informalidade no país foi de 39% em 2024. Os estados com os maiores índices foram Pará (58,1%), Piauí (56,6%) e Maranhão (55,3%). Os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).
No setor privado, 73,4% dos trabalhadores tinham carteira assinada no quarto trimestre. A Região Norte (60,3%) e o Nordeste (58,1%) tiveram as menores taxas de formalização.
Desemprego por gênero, escolaridade e tempo de busca
A taxa de desemprego foi 7,6% para as mulheres e 5,1% para os homens. Em relação à escolaridade, a maior taxa foi registrada entre pessoas com ensino médio incompleto (10,3%).
Cerca de 1,4 milhão de brasileiros buscavam trabalho há dois anos ou mais, o que equivale a 20,1% da população desocupada. Já 47,9% dos desempregados (3,3 milhões de pessoas) estavam em busca de uma vaga há entre um mês e menos de um ano.
Renda cresce no 4º trimestre
O rendimento médio habitual da população ocupada no Brasil foi de R$ 3.225 em 2024, com as maiores médias registradas no Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758). Já as menores foram observadas no Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).
No 4º trimestre de 2024, o rendimento médio subiu para R$ 3.315, com destaque para a Região Sul, onde a média passou de R$ 3.611 para R$ 3.704.
A massa de rendimento real (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) atingiu R$ 339,5 bilhões no último trimestre do ano, crescimento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2023.
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