Violência Contra a Mulher: Um Desafio Persistente

A violência contra a mulher é um problema persistente e alarmante. Em 2024, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) registrou um total de 1.128 casos de feminicídio até outubro, representando uma redução de 5,1% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, o número ainda é alarmante e reflete a necessidade urgente de ações mais eficazes para proteger as mulheres. A violência praticada se manifesta de diversas formas, a saber: a violência física através de agressões que causam danos ao corpo da vítima como, por exemplo, os espancamentos e as torturas. A violência sexual, por meio de atos não consentidos, incluindo estupro, assédio, importunação e exploração sexuais. A violência psicológica por intermédio de ações causadoras de danos emocionais e psicológicos de que são exemplos a humilhação, a manipulação e ameaças veladas. A violência patrimonial materializada em danos ou destruição de bens materiais da vítima, como a retenção de documentos e a destruição de objetos pessoais. E, por fim, a violência moral, a que fere a honra e a integridade da mulher com o uso da calúnia, da injúria e da difamação.

A violência de gênero assume várias formas, nela incluindo o assédio, a violência doméstica, o estupro e o feminicídio. A situação é agravada pelo fato de muitos casos não serem denunciados ou subnotificados, dificultando a obtenção de dados mais precisos comprometendo a implementação de políticas públicas eficazes. A história da violência contra a mulher é marcada por casos emblemáticos, como o de Maria da Penha, que sobreviveu a duas tentativas de feminicídio e lutou por 19 anos atrás de justiça. Sua luta resultou na criação de uma Lei batizada com seu nome que visa proteger mulheres vítimas de violência doméstica e garantindo punições mais rigorosas para os agressores, “A violência não tem justificativa; ela é sempre inaceitável”, diz Maria da Penha.

Apesar das iniciativas governamentais, como investimentos em equipamentos, ações policiais e programas sociais, a violência contra a mulher continua a ser um desafio significativo. Segundo o FBSP, 18 estados apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional em 2023, com Mato Grosso registrando a maior taxa de 2,5 mortes por 100 mil mulheres
A sociedade brasileira também tem desempenhado um papel crucial na luta contra a violência de gênero. Movimentos feministas e organizações de direitos humanos têm se mobilizado para aumentar a conscientização e pressionar por mudanças nas políticas públicas. A campanha “Deixa de Cara” é um exemplo de iniciativa que busca educar e sensibilizar a população sobre a importância de respeitar a dignidade e os direitos das mulheres.

Em resumo, a violência contra a mulher no Brasil é um problema complexo que requer uma abordagem multifacetada, envolvendo ações governamentais, sociais e individuais. A luta por um país mais seguro e igualitário continua, e cada passo dado é uma contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa.

BIANCA BESSA DE AGUIAR
UNIVERSITÁRIA –
ESTUDANTE
DE JORNALISMO

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